Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Crise política

Marcelo anuncia legislativas para 18 de maio e pede campanha que "não enfraqueça democracia"

13 mar, 2025 - 20:12 • Ricardo Vieira , Susana Madureira Martins

Numa declaração ao país, o Presidente da República disse que os "esforços de entendimento foram impossíveis".

A+ / A-
Vídeo. Marcelo anuncia legislativas para 18 de maio e pede campanha que "não enfraqueça democracia"
Vídeo. Marcelo anuncia legislativas para 18 de maio e pede campanha que "não enfraqueça democracia"

O Presidente da República anunciou esta quinta-feira eleições legislativas antecipadas para 18 de maio.

Numa declaração ao país pelas 20h00, Marcelo Rebelo de Sousa disse que "os esforços de entendimento foram impossíveis" e apelou a uma campanha com elevação, que "não enfraqueça a democracia".

Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, "inesperadamente, num mês, surgiu uma crise aparentemente só política" que acabou na queda do Governo, na sequência da polémica com a Spinumviva, a empresa familiar do primeiro-ministro Luís Montenegro.

"Os esforços de entendimento foram impossíveis" e "não havia acordo possível", sublinhou o Presidente da República.

O chefe de Estado considera que as posições extremaram-se entre o Governo e as oposições.

"Este choque não apenas legal e político, mas sobretudo de juízo ético e moral sobre uma pessoa e a sua confiabilidade - o primeiro-ministro - suscitou uma questão nova. É que todos os esforços de entendimento, mesmo mínimos, se revelaram impossíveis", declarou.

O Presidente afirmou que “não havia meio caminho” nem consenso possível entre a posição do Governo e da oposição na atual crise, considerando que “não é possível confiar e desconfiar” ao mesmo tempo do primeiro-ministro.

“Todos os esforços de entendimento mesmo mínimos se revelaram impossíveis. Porquê? Porque para uns, com os factos invocados e os esclarecimentos dados a confiança ética ou moral era óbvia. Para outros, com os mesmos factos invocados e os esclarecimentos dados, a desconfiança moral ou política é que era óbvia.”

Presidente pede campanha digna

Marcelo Rebelo de Sousa deixa avisos sobre a campanha eleitoral que se avizinha, numa altura em que a crispação entre PS e PSD está elevada, com trocas de acusações sobre a responsabilidade pela crise política.

O chefe de Estado espera que "fortaleça e não enfraqueça a democracia" e que "não abra a porta a experiências que ninguém sabe como acabam".

“Impõe-se que haja debate eleitoral claro, frontal, esclarecedor, mas sereno, digno, elevado, tolerante, que fortaleça e não enfraqueça a democracia. Não abra ainda mais a porta a experiências que não se sabe como acabam”, sublinhou.

Espera que o debate seja sobre os temas que preocupam os portugueses, como a economia, a saúde ou o combate às desigualdades.

Marcelo Rebelo de Sousa lamenta que a crise política aconteça numa altura de instabilidade mundial e tenha precipitado o país para as quartas eleições legislativas em cinco anos.

O Presidente da República vai dissolver o Parlamento, entre 19 e 24 de março, apurou a Renascença.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • ze
    13 mar, 2025 aldeia 23:34
    Esta "democracia" estápelas ruas da amargura,como diz o povo,todos se amanham ou quase todos.......

Destaques V+