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Madeira

Eleições na Madeira. Albuquerque confia na vitória porque eleitores sabem porque Governo foi derrubado

16 mar, 2025 - 15:24 • Lusa

"Os madeirenses não querem arriscar e sabem que esta gente que está na oposição não tem capacidade para nada, é só conversa fiada, ressentimento, é dizer mal", apontou o cabeça de lista do PSD.

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O cabeça de lista do PSD às eleições na Madeira, Miguel Albuquerque, disse este domingo confiar que o eleitorado madeirense se apercebeu que o Governo Regional foi derrubado, devido a "alucinações e narcisismo" de dirigentes dos partidos da oposição.

"Os madeirenses estão cientes que este Governo foi derrubado sem qualquer razão ou fundamento para a realização das alucinações e o narcisismo de meia dúzia de dirigentes partidários da oposição", declarou o líder social-democrata numa ação de campanha, na zona da Ajuda, junto a uma pastelaria devido à chuva que caía na cidade.

Segundo o candidato social-democrata, "isso é uma irresponsabilidade", porque a Madeira neste momento está "sem orçamento e sem Governo e o processo de crescimento económico pode ser posto em causa".

Sobre as críticas que lhe são feitas, nomeadamente pelo candidato do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, de que é "uma má influência" para o líder nacional do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, opinou: "ainda bem que ele diz mal, se ele disse bem é que eu ficava preocupado".

"Porque eu nunca faço o jogo do adversário. Desconfio muito dos políticos que estão nos partidos e recebem elogios dos partidos da oposição. Isso significa que estão a fazer algo errado ou vão no caminho da derrota", complementou.

Quanto à ausência de Montenegro nesta campanha, realçou que o PSD/Madeira "não precisa de bengalas" e que Luís Montenegro tem que "se concentrar é nas eleições nacionais para ganhá-las".

Albuquerque também foi questionado pelos jornalistas sobre as declarações do líder nacional da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, que está a fazer campanha eleitoral na Madeira, e admitiu apoiar o PSD desde que Miguel Albuquerque não fizesse parte da equação.

"Primeiro, está aqui na Madeira, é bem-vindo, mas não percebe nada do que se passa aqui na Madeira. Por outro lado, quem determina quem é chefe do Governo na Madeira não é o Rui Rocha, nem os Ruis Rocha deste mundo. Quem determina é o povo, essa é a regra da democracia. Não é um dirigente nacional partidário que vai dizer quem é ou quem não é" presidente do Governo madeirense, argumentou.

Miguel Albuquerque reforçou que a Madeira vive "numa democracia parlamentar, portanto quem expressa essa vontade é o povo, não é o senhor Rui Rocha".

Quanto à possibilidade do desgaste do eleitorado devido a tantas eleições fomentar uma alternativa política nunca experimentada na região, o líder madeirense desvalorizou, considerando que "os madeirenses não querem arriscar e sabem que esta gente que está na oposição não tem capacidade para nada, é só conversa fiada, ressentimento, é dizer mal", não constituindo uma verdadeira alternativa.

"Nós, neste momento, temos consciência que há um apelo que temos feito no sentido de encontrarmos uma vitória que nos assegure uma plataforma de governo. Ou seja, nós precisamos de uma maioria para governar e os madeirenses estão conscientes que é necessário concentrar os votos no PSD, não dispersar os votos no sentido de garantir essa maioria", sustentou.

Miguel Albuquerque enfatizou que a Madeira precisa "de um Governo para quatro anos, um orçamento aprovado e um programa de Governo aprovado", recordando que o PSD sempre venceu as eleições na Madeira e que a atual "lei eleitoral é muito complicada para a constituição de maiorias".

Sobre o facto de não haver as bandeiras do partido nas iniciativas e de a sua foto não estar nos cartazes, apontou que é tudo por uma "poupança", por se realizarem tantos atos eleitorais seguidos e porque os madeirenses já conhecem o PSD e o seu líder.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

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