16 mar, 2025 - 16:08 • Lusa
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, disse este domingo querer aproveitar as eleições antecipadas para falar dos problemas do país e da incompetência do Governo.
"Os casos do senhor primeiro-ministro foram os casos que nos trouxeram a eleições hoje, mas a verdade é que temos de aproveitar estas eleições para falarmos dos problemas do país", afirmou o líder socialista, em declarações aos jornalistas, quando visitava a Festa Internacional das Camélias, em Celorico de Basto, no distrito de Braga.
Para Pedro Nuno Santos, o Governo, naquilo que anuncia como estando bem, "era aquilo que já estava bem há um ano".
Contudo, acrescentou, "na realidade encontramos um Governo incompetente na gestão do Estado".
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O secretário-geral do PS considerou haver hoje "um Governo sem credibilidade e esgotado". "Esgotou-se no dia em que esgotou o excedente orçamental que herdou dos governos do PS".
"Neste momento, deste Governo não resta nada. Não há nenhuma transformação em curso", destacou, acusando o executivo de Luís Montenegro de não ter visão, nem propósito.
"É um Governo incompetente, como hoje podemos ver pelo estado do Serviço Nacional de Saúde. É também um Governo que governa para a minoria da população, como todos os governos do PSD", acrescentou.
Pedro Nuno Santos defendeu que o país precisa de um Governo que tenha uma visão, "que inspire os portugueses, que lhes dê esperança, que lhes dê segurança, que queira governar para todos e não apenas para alguns".
Questionado sobre os casos que envolvem o primeiro-ministro e o impacto que terão no combate político nas próximas semanas, prometeu uma campanha a falar dos problemas do país, "sem ignorar que a ética é uma obrigação de todos os políticos".
"Quando ouço alguns dirigentes do PSD a criticarem o PS, porque fala da ética e da transparência eu fico ainda mais preocupado, porque a preocupação com a ética e com a transparência é dos partidos democráticos, não é dos populistas. É por isso que é uma preocupação nossa", asseverou, acrescentando: "Nesta campanha tudo interessa. Por isso é que eu disse que as escolhas vão ser entre dois projetos e duas lideranças. A credibilidade e a idoneidade do primeiro-ministro é fundamental, mas também um projeto".
Pedro Nuno Santos insistiu que o país vai para eleições "por causa do primeiro-ministro, de um caso que o envolve, da falta de explicações que eram devidas a ele e por ter marcado as eleições através de uma moção de confiança".
Questionado sobre cenários de pós-eleições, o secretário-geral socialista acentuou que o PS está a trabalhar e a fazer campanha focado numa vitória.
"É só nesse cenário que estamos a trabalhar. Vamos tentar mobilizar o povo português para termos condições de haver um Governo duradouro, que dê segurança ao povo português e que garanta oportunidades para todos e isso só se consegue com o Partido Socialista", defendeu.
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