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Pedro Nuno Santos quer 25 de abril comemorado na AR. “Não há nenhuma razão para que não celebremos”

18 mar, 2025 - 13:30 • Susana Madureira Martins

Conferência de líderes decide esta quarta-feira se há ou não sessão solene. Líder do PS defende que, mesmo com a dissolução do Parlamento, as comemorações devem manter-se.

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Não há nenhuma razão para que não se celebre o 25 de abril na Assembleia da República”. Para Pedro Nuno Santos não restam dúvidas que, mesmo com a convocação de eleições legislativas antecipadas e uma campanha à porta, a sessão solene do 25 de abril é para se manter.

“As eleições são em maio, a campanha oficial, nessa altura, ainda não se iniciou e, portanto, não há nenhuma razão para que nós não celebremos os 50 anos das eleições para a Constituinte”, defendeu o líder do PS esta terça-feira em declarações aos jornalistas, após uma visita ao novo hospital de Sintra.

A conferência de líderes parlamentares deverá decidir esta quarta-feira se a sessão solene se mantém ou não ou ainda em que moldes se podem manter as comemorações da data.

Na semana passada, em declarações aos jornalistas, o porta-voz da conferência de líderes adiantou que, após a queda do Governo PSD/CDS-PP que deverá levar à dissolução do Parlamento, vão cessar "todas as atividades culturais que estavam organizadas pela Assembleia da República, mantendo-se, no entanto, todas as iniciativas já programadas e em curso, no amplo das comemorações do cinquentenário do 25 de Abril".

Para o líder do PS, Pedro Nuno Santos não restam dúvidas. “É um momento histórico da nossa democracia e é importante celebrar a democracia, celebrar as eleições para a Assembleia Constituinte. E, portanto, nós esperamos celebrar o 25 de abril na Assembleia da República”.

A sessão que assinala a Revolução dos Cravos no parlamento não se realizou em quatro dos 49 anos da Assembleia da República nascida das eleições de 25 de abril de 1976. Em 1983, em 1993 e 2011 não houve sessão evocativa no parlamento e em 1992 a celebração foi transferida para a zona de Belém, por proposta do então Presidente Mário Soares.

Em 2011, com a Assembleia da República já dissolvida, o então Presidente da República Aníbal Cavaco Silva convidou todos os ex-chefes de Estado vivos para uma comemoração no pátio dos Bichos, no Palácio de Belém, em Lisboa.

Questionado se as celebrações do 25 de abril poderiam ter esses moldes, Pedro Nuno Santos é taxativo.“Acho muito bem que em Belém se celebre o 25 de abril também, não fica mal a ninguém, mas isso não retira a importância da celebração do 25 de abril na Assembleia da República. Esta é a posição do Partido Socialista”.

Os restantes partidos de esquerda, BE e PCP e também a Iniciativa Liberal já manifestaram acordo para manter as comemorações do 25 de abril, mesmo com a dissolução do Parlamento, com os liberais a quererem saber os moldes das celebrações.

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