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Pedro Nuno Santos afina programa eleitoral. "Nestas eleições vamos decidir lideranças e projetos"

21 mar, 2025 - 19:16 • Susana Madureira Martins

O líder do PS diz que não se trata de um novo programa eleitoral, mas de uma "atualização". Irá incidir sobre economia, segurança, política externa, mas também Defesa e habitação.

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Não é um novo programa eleitoral, porque o de 2024 “foi construído com bases muito sólidas”, diz Pedro Nuno Santos, mas o PS lança-se, a partir da próxima semana, na atualização do programa que irá apresentar nas legislativas antecipadas de 18 de maio.

A afinação do programa está a ser trabalhada pelo deputado e dirigente nacional Miguel Costa Matos e terá o contributo de socialistas e independentes. O líder socialista não diz quais, apenas refere que se trata de “um conjunto de pessoas” que irá participar em conferências que arrancam na próxima semana na sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa.

O líder socialista desiste, assim, dos anunciados estados gerais previstos para abril, entretanto atropelados pela crise política e pela convocação de eleições antecipadas, e lança-se numa iniciativa com sessões em catadupa.

A primeira conferência está marcada para quarta-feira e irá incidir sobre a Habitação, com o líder do PS a considerar que as políticas do Governo da AD deram resposta a uma “minoria de jovens”.

Querendo demarcar-se do Governo da AD, Pedro Nuno Santos diz que o PS “faz um esforço particular de aproximação à vida das pessoas”, prometendo “nesta atualização do programa dar resposta aos baixos salários”.

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Em destaque irá estar também o “problema” dos baixos salários. Em conferência de imprensa, na sede do PS, Pedro Nuno Santos referiu que a “economia paga mal e os portugueses contam os cêntimos até ao final do mês”.

Querendo demarcar-se do Governo da AD, Pedro Nuno Santos diz que o PS “faz um esforço particular de aproximação à vida das pessoas”, prometendo “nesta atualização do programa dar resposta aos baixos salários”.

Questionado pelos jornalistas se o novo programa eleitoral irá incidir sobre o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN), Pedro Nuno Santos admite que se trata de um “instrumento importante”, a par dos salários da Administração Pública e da discussão sobre a economia.

Em relação ao acordo de rendimentos assinado pelo Governo da AD, o líder socialista considera que o “patamar” do acordo “é insuficiente”.

Outro tema que será debatido na quarta-feira será a saúde. O líder socialista não quer largar um dos temas setoriais que mais tem dado problemas ao Governo. “Está hoje pior do que há um ano”, diz Pedro Nuno Santos, “gerou-se instabilidade e insegurança”, num “Governo sem soluções” e que “na reta final” anunciou a entrega de centros de saúde à gestão privada.

A área do trabalho e transformação da economia é considerada “a maior prioridade” do país para o líder do PS. Pedro Nuno Santos tem proposto a reindustrialização setorial e diz que não viu uma “estratégia” do Governo da AD para a economia.

Outra das áreas prioritárias para o líder do PS é a política externa e a Defesa. Pedro Nuno Santos tem criticado o Governo por não consultar o PS nestas duas áreas, referindo que Portugal “tem uma voz respeitada” e que é “importante” que “mantenha essa voz respeitada”. A Defesa é uma área que “tem sido desvalorizada pelo primeiro-ministro”, acusa o secretário-geral socialista.

O território, o ambiente e a transição climática a par da Justiça, da ética e da transparência na política e da segurança interna são os restantes temas que serão debatidos nas sessões temáticas que irão durar uma semana completa.

“Nestas eleições vamos decidir lideranças e projetos e o PS tem obrigação e condições para oferecer confiança, esperança e credibilidade ao país”, resume o líder do PS.


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