22 mar, 2025 - 00:44 • Cristina Nascimento
Em clima de pré-campanha, o secretário geral do PCP acusa a direita de nunca ter dado prioridade ao investimento na cultura.
Cerca de 700 pessoas encheram o Fórum Lisboa para assistir a um concerto de homenagem a Carlos Paredes, organizado pelo partido.
Antes de desfilarem os artistas, Paulo Raimundo tomou a palavra.
"O atraso cultural a que o fascismo condenou o nosso País e o facto de serem mais demoradas as transformações da esfera cultural, exigiam que tivesse sido dada prioridade ao investimento na cultura, algo que a política de direita sempre negou fazer", disse o secretário-geral comunista.
O momento não é de campanha pura e dura, a comunicação social mal está presente, mas Raimundo não perde a oportunidade de referir que "a 18 de maio há uma oportunidade, com mais votos, mais deputados e mais força à CDU, de contribuir para afirmar e abrir caminho para o rumo que o país precisa também no que diz respeito à própria cultura e à sua democratização".
Depois de Paulo Raimundo, tomou a palavra foi Luisa Amaro, primeira mulher a compor para guitarra portuguesa e companheira de Paredes durante 20 anos.
"Não era suposto falar, mas não resisto", disse, garantindo que Paredes ficaria feliz de ver tantos amigos.
Luisa Amaro recordou o comunista que "nunca se vergou e bem sofreu por isso" e agradeceu este momento de homenagem, um dos pontos do programa elaborado pelo PCP para assinalar o centenário do artista.
Calaram-se as vozes e abriu-se espaço para os instrumentos musicais: as guitarras portuguesas, claro, mas também saxofone, trompetes, flauta transversal, baixos, contrabaixo, piano, cravo e até uma bateria. Todos tocaram (e até houve quem cantasse) Carlos Paredes.