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Dez meses depois a Madeira vai de novo a votos para eleger o parlamento regional

23 mar, 2025 - 08:15 • Manuela Pires

As últimas eleições antecipadas realizaram-se em maio do ano passado, na sequência da demissão do presidente do governo regional. Este domingo os madeirenses regressam às assembleias de voto para eleger o novo parlamento.

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As eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira realizam-se este domingo e mais de 255 mil eleitores já escolhem o novo parlamento e o novo governo da região autónoma, depois da abertura das urnas às 08h00.

Segundo os dados do Ministério da Administração Interna, estão recenseados para votar 255.380 eleitores, sendo que 249.840 na ilha da madeira e 5.540 no Porto Santo.

Os madeirenses vão eleger, pela terceira vez em ano e meio, os 47 deputados da Assembleia Legislativa Regional de onde sairá o próximo presidente do governo regional da Madeira.

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As secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos da região estão abertas entre as 08h00 e as 19h00.

Nas eleições deste domingo concorrem 12 partidos e duas coligações, CDU (PCP/PEV) e Força Madeira (PTP/MPT/RIR).

A maioria das forças políticas repete o candidato que apresentou em 26 de maio de 2024, à exceção da Iniciativa Liberal, que concorre com Gonçalo Maia Camelo, o coordenador regional do partido. A Nova Democracia que se estreia em eleições regionais avança com Paulo Azevedo e o PPM, tem como cabeça de lista, o líder regional do partido, Paulo Brito.

Os restantes partidos repetem os candidatos das regionais de 2024; Miguel Albuquerque (PSD), Paulo Cafôfo (PS), Élvio Sousa (JPP), Miguel Castro (Chega), José Manuel Rodrigues (CDS-PP), Mónica Freitas (PAN), Edgar Silva (CDU), Roberto Almada (BE), Marta Sofia (Livre) e Miguel Pita (ADN).

Em maio de 2024 foram eleitos 47 deputados de 7 partidos: o PSD elegeu 19 deputados, o PS manteve 11 deputados, o JPP subiu de 5 para nove, o Chega elegeu quatro, mas perdeu uma deputada que passou a não inscrita. O CDS conseguiu dois e o PAN e a IL mantiveram um cada. A CDU e o BE perderam representação parlamentar.

2023, 2024 e 2025 – três eleições em três anos

A crise política começou em janeiro de 2024 quando a Polícia Judiciária realiza mais de uma centena de buscas, numa investigação que envolve suspeitas de corrupção, abuso de poderes e tráfico de influências.

O presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido e só se demite do cargo cinco dias depois, quando o PAN ameaça retirar o apoio parlamentar necessário à maioria absoluta.

O Presidente da República dissolve a Assembleia Legislativa da Madeira e convoca eleições para 26 de maio de 2024, oito meses depois das últimas eleições.

O PSD vence as eleições, mas perde deputados e apesar do acordo com o CDS fica a três deputados da maioria absoluta. O programa de governo é viabilizado pelo Chega, que elegeu quatro deputados, mas em novembro apresenta uma moção de censura que é aprovada e dita a queda do executivo de Miguel Albuquerque a 17 de dezembro.

O Chega justifica a censura com as investigações judiciais que envolvem o chefe do governo e mais 4 secretários regionais, todos constituídos arguidos. Já depois da queda do governo o inquérito a um dos governantes, Eduardo Jesus, é arquivado pelo Ministério Público.

É a primeira vez que um governo na Madeira é demitido na sequência da aprovação de uma moção de censura. O governo de Miguel Albuquerque constituído a 6 de junho está em funções até à posse da nova equipa.

As eleições deste domingo são as terceiras, em apenas um ano e meio.

Comentários
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  • antunes
    23 mar, 2025 pavão 09:58
    será que irão votar no mesmo? por simpatia ou por hábito e obrigação?Com tanta pobreza.estão á espera de quê? de um milagre?

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