11 abr, 2025 - 06:30 • Manuela Pires
Ao longo dos últimos dias, Luís Montenegro foi deixando algumas das ideias do novo programa eleitoral que terá, no essencial, as medidas apresentadas o ano passado, mas que serão agora atualizadas.
O líder do PSD já definiu a habitação como uma das prioridades de um próximo Governo. A ideia é manter a estratégia seguida até aqui sobre o papel do Estado nesta área, que deve ser mediador e conciliar os interesses dos promotores e dos que querem comprar ou arrendar uma casa. Ainda esta quinta-feira, Luís Montenegro revelou que o objetivo da AD é construir 130 mil novas casas até ao final da década.
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“Nós mais do que duplicamos esse objetivo para 59 mil novas habitações publicas, mas nós queremos ir mais longe do que isso. O nosso projeto é superar as 130 mil novas habitações públicas até ao final desta década”, disse Montenegro, na abertura do Congresso de Habitação Pública, em Oeiras.
Na saúde, as parcerias público-privadas e a promessa de atribuir um médico de família a todos os portugueses são para manter.
No primeiro debate com Paulo Raimundo, Luis Montenegro reconheceu dificuldades em cumprir a promessa de atribuição de médico de família a todos os portugueses, mas garantiu que vai continuar a ser uma prioridade no programa da AD.
“Vamos renovar a promessa e vamos renovar o esforço para a poder cumprir”, disse Luis Montenegro.
Legislativas 2025
Na abertura do primeiro congresso internacional de(...)
A descida dos impostos, quer do IRS e do IRC é outra medida que deverá constar do programa eleitoral.
Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, há duas semanas, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, prometia “uma redução ambiciosa” do IRS ao longo da próxima legislatura, e definia como meta para o IRC os 15% previstos, inicialmente, pelo Governo.
No que diz respeito ao IRS, a AD insiste em reduzir todos os escalões com exceção do último, que deve continuar nos 48%, abrangendo sobretudo a classe média.
A pouco mais de um mês das eleições legislativas antecipadas e numa declaração em São Bento após o Conselho de Ministros, que aprovou um pacote de medidas para fazer face ao aumento das tarifas impostas pela administração Trump, Montenegro avisou que este “não é um tempo de aventuras, é um tempo de sentido de responsabilidade e de estabilidade”.
“Como diz o povo, é mesmo o momento de ter adultos na sala. Sem alarmismos, sem precipitações, estamos preparados e tomaremos as decisões necessárias para lidarmos o melhor possível com esta situação desafiante”, afirmou o primeiro-ministro na residência oficial.
Luís Montenegro não citou nem Pedro Nuno Santos, nem José Sócrates, mas, em tempo de pré-campanha eleitoral, o antigo primeiro-ministro socialista voltou a entrar no discurso para lembrar a entrada do país na bancarrota.
Hora da Verdade
Em entrevista ao programa Horada Verdade, da Renas(...)
“Os portugueses não esquecem o défice descontrolado e a dívida galopante ou o desemprego elevado, causados por receitas ilusórias que depois impuseram um enorme sacrifício para que fossem ultrapassadas. Por isso, não abdicamos de contas certas, nem vendemos ilusões que amanhã nos possam sair mais caras”, disse sem nunca citar o nome do líder do Partido Socialista.
Montenegro considerou, ainda, que o país não pode “acrescentar à incerteza e ao risco externo e internacional a irresponsabilidade, a precipitação e a impreparação de alguns agentes nacionais”.
Esta segunda-feira, quando entregou as listas de candidatos, Luís Montenegro definiu as regras com que vai a jogo no dia 18 de maio.
O líder da AD disse que só governa se ganhar as eleições e, tal como no ano passado, voltou a garantir que não há qualquer entendimento com o Chega para formar Governo. “Um partido que não tem nem postura, nem maturidade para assumir essa responsabilidade”, referiu Montenegro.
“É um ponto de honra desta candidatura. Nós queremos a legitimação do voto popular para podermos executar o nosso programa, nós queremos ter a maioria dos votos dos eleitores, não queremos nenhum acerto, nenhum esquema de, nas costas dos portugueses, encontrar soluções de governo, nós queremos governar tendo mais votos que os outros”, afirmou aos jornalistas à saída do Tribunal de Aveiro, onde entregou as listas de candidatos a deputados.