11 abr, 2025 - 09:23 • André Rodrigues
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, renovou esta sexta-feira a convicção de que haverá excedentes orçamentais nos próximos anos.
“Posso garantir que, com estas condições económicas, com a informação que temos hoje, nós projetamos excedentes orçamentais para os próximos anos”, sublinhou Miranda Sarmento, numa conferência de imprensa em Varsóvia, à margem da reunião do Eurogrupo que vai discutir a respostas das economias da Zona Euro às tarifas norte-americanas.
Perante os alertas do Conselho das Finanças Públicas, que prevê um saldo orçamental nulo em 2025 e um regresso ao défice orçamental no próximo ano, o ministro lembrou, ainda, que “em outubro entregámos um plano orçamental de médio prazo a Bruxelas, que foi aprovado por Bruxelas, e que prevê superavits".
No entanto, Miranda Sarmento avisa que o excedente será menor em 2026, "por causa do efeito dos empréstimos PRR”.
“Estamos confortáveis, naturalmente atentos, porque a incerteza sobre a economia gera maior dificuldade… mas, com crescimentos na ordem dos 2%, que é também a projeção do Conselho de Finanças Públicas e a projeção de todas as entidades que seguem a economia portuguesa, nós estamos confiantes que manteremos superavits nos próximos anos”.
Conselho de ministros
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Noutro plano, Miranda Sarmento admite que dentro de “algumas semanas”, já estarão disponíveis os apoios de 10 mil milhões de euros destinados às empresas para responder às tarifas norte-americanas.
O ministro assinala que o programa, anunciado esta quinta-feira, “é muito maior do que aquele que Espanha tinha apresentado há uns dias, foi um trabalho feito em colaboração com as associações empresariais, responsável, um trabalho pensado e preparado ao longo do tempo”.
Tudo somado, são 10 mil milhões de euros, “entre empréstimos, linhas de seguros e fundos europeus” que estarão operacionais “dentro de algumas semanas”.
“Falta, por um lado, o diálogo com a Comissão Europeia e verificarmos qual é o resultado final das decisões sobre tarifas e depois obviamente a operacionalização mais administrativa, mas rapidamente estes apoios chegarão às empresas portuguesas”, assegura.