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CP sem compensação pelo passe verde, diz ministro

14 abr, 2025 - 20:33 • Lusa

Miguel Pinto Luz criticou ainda quem referiu que medida colocaria a CP em causa.

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O ministro das Infraestruturas disse nesta segunda-feira que, a manter-se a tendência de aumento de receitas dos primeiros dois meses do ano, a CP não vai precisar de qualquer compensação pelo Passe Ferroviário Verde (PFV) de 20 euros.

"A manter-se esta tendência, a CP não precisará dos 19 milhões de euros que o Governo lá colocou no Orçamento do Estado para precaver essa potencial perda de receita, a CP vai aumentar a sua receita e não vai precisar de um único euro daquele investimento extra", afirmou Miguel Pinto Luz, que foi o orador convidado de um almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal, em Lisboa.

Na sua intervenção, o ministro das Infraestruturas e Habitação fez o balanço de um ano da atividade governativa, destacando como uma das principais medidas na área da mobilidade o PFV, e criticou os "profetas da desgraça", que consideraram que aquela medida iria pôr em causa a sobrevivência da transportadora ferroviária.

Segundo dados avançados pelo Ministério das Infraestruturas em 1 de abril, a CP -- Comboios de Portugal transportou 32 milhões de passageiros nos primeiros dois meses do ano, mais 2,5 milhões do que no mesmo período de 2024, e as receitas aumentaram 3,9%, para 35,2 milhões de euros.

Naquele período, segundo a mesma fonte, o serviço Regional registou um aumento da procura de 121,4%, o Intercidades uma subida de 54,3% e no serviço Alfa Pendular, onde não é possível usar o PFV, registou-se uma subida de 2,4% do número de passageiros.

O PFV de 20 euros mensais entrou em vigor em 21 de outubro do ano passado e, até ao início do mês, tinham sido vendidos 220 mil títulos, dos quais 40% representam novos clientes.

Nesta segunda-feira, Miguel Pinto Luz reiterou que a CP vai ter o material circulante novo que pediu para o serviço de alta velocidade, mas sem adiantar números, e que é atualmente uma empresa "preparada para a concorrência".

"Não temos medo nenhum de concorrer seja com quem for que venha para o mercado nacional concorrer nas nossas linhas", garantiu o ministro.

Relativamente ao problema da habitação, que considerou "um flagelo nacional", Pinto Luz salientou que se mantém o compromisso de baixar o IVA da construção para 6%, dentro de certos limites, caso a Aliança Democrática (PSD e CDS-PP) obtenha maioria nas próximas eleições legislativas, em 18 de maio, uma vez que esta proposta foi anteriormente "chumbada" no parlamento.

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