14 abr, 2025 - 21:04 • Fábio Monteiro
O Governo assegura desconhecer “em absoluto” qualquer versão alternativa do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), além da oficialmente divulgada.
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A afirmação, feita pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, surge em resposta a perguntas do Bloco de Esquerda, que denuncia o desaparecimento de um parágrafo com referências a grupos de extrema-direita na versão final do documento.
A polémica ganhou força depois de vários órgãos de comunicação social terem tido acesso a uma versão preliminar do relatório, onde constava essa referência. A sua ausência na versão publicada oficialmente gerou acusações de omissão deliberada.
O líder parlamentar do Bloco, Fabian Figueiredo, manifestou-se publicamente contra a posição do Governo, sublinhando a contradição entre a resposta da ministra e informações anteriores do próprio sistema de segurança.
Segurança
O Relatório Anual de Segurança Interna alerta para(...)
“A Sistema de Segurança Interna tinha reconhecido a existência dessa mesma versão, portanto nós estranhámos muito que a Ministra da Administração Interna, que faz parte do Sistema de Segurança Interna, tenha respondido por escrito que desconhecia a existência de duas versões”, afirmou em declarações à Renascença.
“É uma afirmação dificilmente compaginável com a verdade”, acrescentou Figueiredo, reforçando a necessidade de escrutínio político sobre o processo.
O Bloco de Esquerda quer que o tema seja debatido em comissão permanente no Parlamento, antes das eleições de 18 de maio, alegando que está em causa a transparência institucional.
Para os bloquistas, a discussão não deve ser adiada devido ao período de campanha eleitoral.