16 abr, 2025 - 22:39 • Susana Madureira Martins , Diogo Camilo
Marcelo Rebelo de Sousa descreve Donald Trump como "um jogador" e traçou o seu perfil nacionalista, que diz não ser muito diferente do que era no seu primeiro mandato.
No Centro Cultural de Belém, confrontado com as declarações à Renascença do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas,que comparou o presidente norte-americano a Hitler por defender o espaço vital, Marcelo Rebelo de Sousa esquivou-se a comentar o teor da entrevista.
"O estilo dele é de jogador de paradas altas. Quando sente que está à vontade, joga alto. Quando conhece dificuldades, regula", começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa, que alerta para os riscos desta política.
"Isto pode ser muito bom para alguns ganharem muito, pode ser muito bom para a economia norte-americana ter vantagens mas, tudo somado, tem riscos enormes para o mundo, para a estabilidade económica internacional e para os próprios EUA. Para já, ainda está na fase de só ver as vantagens", afirmou.
Na sessão de apresentação da série "Rumo à Liberdade", do sociólogo e antigo ministro António Barreto, Marcelo Rebelo de Sousa falou ainda da promulgação de um mecanismo anti-corrupção, referindo manter dúvidas sobre se irá funcionar bem, deixando um alerta.
"As dúvidas vêm desde que foi criado. Não foi neste Governo, foi no Governo anterior. Havia uma entidade ligada ao Tribunal de Contas e foi substituída por uma entidade ligada ao Governo. Desde o início disse que tinha dúvidas que funcionasse muito bem. O que é facto é que já foi criado há muito tempo e demorou muito tempo a criar efeitos", indicou.