16 abr, 2025 - 19:38 • Lusa
O dirigente do PSD Miguel Pinto Luz considera que as recentes declarações do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, suscitam preocupação quanto à sua precisão e quanto à sua fundamentação, aconselhando-o a ser assertivo.
"Nos últimos tempos temos assistido a um crescente número de declarações por parte de Pedro Nuno Santos, líder do PS, que suscitam preocupação quanto à sua precisão e quanto à sua fundamentação. É importante termos em mente que a assertividade da informação é absolutamente crucial para um diálogo político saudável", sustentou, esta quarta-feira, Miguel Pinto Luz.
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O também ministro das Infraestruturas defendeu que "várias das afirmações proferidas [por Pedro Nuno Santos] têm sido questionadas por dados e factos que contradizem as narrativas apresentadas (...) umas vezes afirmando que é trabalho seu e noutras a dizer que não teve absolutamente nada a ver com os últimos oito anos. O mesmo se aplica, diga-se, aos resultados do atual Governo neste último ano".
"Se são resultados positivos, são mérito, claro, de Pedro Nuno Santos. Se estes estão à aquém do que se pretende, então são apenas do atual Governo", comentou o também ministro das Infraestruturas e Habitação sobre "algumas interpretações destorcidas da realidade" atribuídas ao líder do PS.
Passando para casos concretos, Pinto Luz elencou que "Pedro Nuno Santos reclama a construção das 26 mil casas do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], mas esconde, omite, a suborçamentação em que o Governo do PS as deixou", como também reclama "ter colocado a TAP a dar lucro, mas esquece, omite, que quem colocou de facto a TAP a dar lucro foram, em primeiro lugar, os seus trabalhadores e, em primeiríssimo lugar os contribuintes portugueses, com a injeção de mais de 3,2 mil milhões de euros no capital daquela companhia".
"Pedro Nuno Santos reclama ter colocado a CP, também ela, a dar lucro. Mas esquece, omite, que esse lucro não se deve mais uma vez somente a ele. Deve-se aos trabalhadores da CP, em primeiro lugar, e aos milhares de milhões de euros que os portugueses foram obrigados a injetar na companhia para saldar a dívida legada daquela empresa", continuou.
Deste modo, prosseguiu o dirigente social-democrata, "lança-se uma cortina de fumo sobre a realidade", esperando que todos se esqueçam de "todos os episódios menos dignificantes dos últimos oito anos".
"Não há ilusionismos, não há truques, não há meias verdades, não há inverdades. Repito, com a AD não há truques. Nós subimos mesmo o rendimento das famílias portuguesas, nós baixamos mesmo o IRS das famílias portuguesas", frisou o governante, explicando que a AD que o facto de haver pessoas que "estão a receber menos no seu reembolso do IRS" deve-se "unicamente porque ao longo do último ano também o Estado lhes reteve menos dinheiro".
E prosseguiu: "como se vê, não há qualquer carta na manga, nada escondido, não há qualquer truque. A AD promoveu uma real descida do IRS e quem disser o contrário, aqui sim, pura e simplesmente, falta a verdade, não diz a verdade".
Para o dirigente do PSD, Pedro Nuno Santos "muda de convicções e de postura conforme ditam os estudos de opinião e as sondagens", ao contrário da AD, que "não embarca em realidades alternativas". .
"Em nome da AD (...) apelamos uma vez mais a uma campanha positiva, pela positiva, que possibilita a troca de argumentos, de ideias, de comparação dos programas, das equipas, das lideranças, para, de uma vez por todas, depois destas eleições, o país possa sair beneficiado, porque no final do dia estamos a beneficiar os portugueses e as portuguesas", concluiu.