24 abr, 2025 - 13:49 • Lusa
O secretário-geral do PS considerou esta quinta-feira que o Governo "cometeu um erro" ao cancelar toda a sua "agenda festiva" do 25 de abril na sequência do luto nacional pela morte do Papa Francisco.
"O governo optou por desvalorizar a celebração do 25 de Abril, cometeu um erro. Cometeu um erro ao não saber também avaliar os sentimentos portugueses no que diz respeito a esta data", considerou Pedro Nuno Santos, no Porto, após uma reunião com dirigentes da Rede Europeia Antipobreza Portugal.
O líder socialista disse ver esta decisão do Governo, "como a maioria dos portugueses, mal", considerando que celebrar o 25 de Abril não é desrespeitar o Papa, "antes pelo contrário".
"Quem conhece o exemplo do Papa Francisco sabe que era um amante da liberdade e da igualdade, que são dois dos valores que nós celebramos no 25 de Abril", salientou.
Iniciativa foi adiada devido ao luto nacional e "p(...)
Para Pedro Nuno Santos, ao "desvalorizar" a celebração do 25 de Abril, o Governo "cometeu um erro ao não saber também avaliar também os sentimentos dos portugueses no que diz respeito a esta data".
"E acho mesmo que a melhor resposta que nós podermos dar a um Governo que decidiu cancelar as celebrações é participarmos em força nas celebrações em todo o país, principalmente com uma presença massiva na Avenida da Liberdade no dia 25 de Abril, à tarde, em Lisboa", disse o líder socialista.
Pedro Nuno Santos defendeu que "celebrar o 25 de Abril não é desrespeitar a memória de alguém que, ao longo da sua vida, aquilo que fez foi defender a liberdade e a igualdade".
Na quinta-feira, o Governo aprovou em Conselho de Ministros o decreto que declara três dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco, a cumprir entre hoje e sábado.
O líder do PS falava aos jornalistas no final de uma reunião com o dirigentes da Rede Europeia Antipobreza Portugal que visou trazer para a agenda política da pré-campanha às eleições legislativas de 18 de maio o combate à pobreza em Portugal.
O três dias de luto pela morte do Papa Francisco começaram hoje e prolongam-se até sábado, dia das cerimónias fúnebres.