24 abr, 2025 - 21:15 • Tomás Anjinho Chagas , João Malheiro
Hugo Soares, do PSD, não compreende a polémica em torno do adiamento dos concertos do 25 de Abril em São Bento, que diz não ser "compaginável" com o decreto de luto nacional.
Durante o debate no YouTube da Renascença entre quatro cabeças de lista de partidos por Braga, o atual líder da bancada social-democrata fala num momento de respeito pelo luto decretado por causa da morte do Papa Francisco.
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"Eu creio que todos percebemos que luto nacional não é compaginável com festa e concertos. Não tem a ver com o 25 de Abril, tem a ver com o país estar em luto nacional e creio que não há ninguém que perceba que os jardins da residência oficial de São Bento pudessem estar em festa", argumentou.
Do lado do PS, José Luís Carneiro acredita que a polémica só se instalou por causa de uma falha de comunicação do governo. Já Francisco Louçã - cabeça de lista pelo Bloco de Esquerda no distrito de Braga - também lamenta que o executivo se tenha explicado mal.
Parlamento
Durante a tarde de sexta-feira, o Parlamento vai e(...)
"É uma polémica muito vazia. Foi suscitada, unicamente, pelo governo ter dito que adiava as celebrações do 25 de Abril", aponta Francisco Louçã, realçando que, entretanto, o governo já esclareceu que só se referia às celebrações no Palácio de São Bento.
O Chega considera que o adiamento dos concertos na residência oficial do primeiro-ministro é normal. Filipe Melo, deputado e cabeça de lista por Braga, defende que uma festa não pode ser feita durante o luto nacional.
Para o representante do Chega, o governo "entendeu bem" decidir cancelar as festividades, na véspera do funeral do Papa Francisco.
Outro dos temas em debate foram os limites e a regulamentação das redes sociais. José Luís Carneiro assume que é necessário, mas avisa que é uma "matéria sensível".
O socialista sublinha que esta discussão depois leva a outra: "Quais os limites e os termos e para que fins é que essa regulamentação deve ser feita", pois trata-se de ter acesso a dados pessoais.
Sobre este tema, Francisco Louçã defende que os influencers não podem dizer tudo o que quiserem nas redes sociais. Referindo-se ao caso do youtuber Numeiro, o bloquista diz que "a sua opinião é de que a mulher não deve sair à rua e que é menor em relação aos homens. Não é um problema da liberdade de opinião, é o conteúdo da opinião que é contra uma parte importante da população".
"A defesa da Democracia é a responsabilização para permitir que haja igualdade de todos e de todas", acrescenta.
Algumas das ideias do debate da Renascença desta quinta-feira com os cabeça de lista por Braga às legislativas de 18 de maio. Confronto entre PS, PSD, Bloco de Esquerda e Chega que pode rever no YouTube.