24 abr, 2025 - 20:56 • Manuela Pires
A sessão solene do 25 de Abril na Assembleia da República vai começar com um voto de pesar pela morte do Papa Francisco, lido por José Pedro Aguiar-Branco, a que se segue o minuto de silêncio. É uma das alterações, e talvez inédita, à sessão solene no Parlamento que vai estar com as bandeiras a meia haste.
Para além disso, não haverá esta sexta-feira de manhã a tradicional revista às tropas por parte do Presidente da República, para dar algum recato ao momento, uma vez que o país está de luto nacional pela morte do Papa Francisco.
Esta sessão solene, que acontece em dia de luto nacional e com o Parlamento dissolvido, vai ter cravos vermelhos nas bancadas e na sala das sessões vai ser exibido um vídeo alusivo às primeiras eleições para a constituinte, que se realizaram a 25 de abril de 1975.
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Política
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Apesar do luto nacional, a sessão solene no Parlamento nunca esteve em causa e o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, recusou logo a ideia de que a realização da sessão pudesse colidir com o recato inerente ao luto nacional, contrapondo que o debate plural próprio das democracias corresponde ao legado de paz, de humanismo e de diálogo do pontificado do Papa Francisco.
A sessão solene vai decorrer no mesmo formato que as anteriores, com as intervenções dos diferentes grupos parlamentares que têm seis minutos para discursar, a deputada única do PAN terá apenas três minutos para fazer a sua intervenção. Logo de seguida tem a palavra o presidente da Assembleia da República e, por fim, Marcelo Rebelo de Sousa encerra a sessão.
Para esta sessão estão convidadas várias personalidades, antigos presidentes e primeiros-ministros, representantes dos tribunais e outras instituições.
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Na Watch Party desta semana Fábio Monteiro, jornal(...)
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa é um dos convidados, mas a Renascença sabe que D. José Ornelas viaja de manhã cedo para Roma para o funeral do Papa Francisco. Segundo apurou a Renascença, como o convite é pessoal, não se fará representar.
Terminada a sessão, os membros do Governo e demais convidados descem até ao átrio principal onde podem visitar a exposição “Vota pela Revolução” - As eleições de 1975 para a Assembleia Constituinte.
Tal como acontece todos os anos, o Parlamento vai estar de portas abertas, entre as 14h00 e as 18h00, - hora da última entrada - para atividades culturais e visitas livres.
Para celebrar a liberdade e os 50 anos das primeiras eleições livres, o programa desta sexta-feira à tarde inclui a atuação do Coro das Mulheres da Fábrica, que vai interpretar músicas de abril, a oficina “Vamos Semear a Liberdade”, onde se vão plantar cravos.
Para além da exposição no Átrio principal sobre as primeiras eleições livres, pode ainda ser visitada no andar nobre a exposição “Visões da liberdade: o 25 de Abril" por Mário Cesariny.
A instalação sonora e visual "Cravos e Versos" com declamação de poesia, a leitura encenada das obras juvenis "Dita Dor" e "Sempre!", da coleção Missão: Democracia, e a apresentação do livro A Casa da Democracia, da mesma coleção, são outras atividades previstas para esta tarde de 25 de Abril na Assembleia da República.