Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

25 de Abril

As frases mais marcantes da sessão solene do 25 de Abril no Parlamento

25 abr, 2025 - 13:00 • João Malheiro

Recorde algumas das ideias principais das intervenções dos partidos, Presidente da Assembleia da República e Presidente da República.

A+ / A-

As intervenções dos partidos na sessão solene da Assembleia da República ficaram marcadas por apelos ao cumprimentos dos valores da Revolução de Abril e a comparações com a visão do Papa Francisco para o mundo. Houve, ainda, quem recordasse as eleições para a Assembleia Constituinte, que se realizaram a 25 de abril de 1975.

A Renascença compila algumas das frases mais marcantes dos discursos da celebração dos 51 do 25 de Abril, no Parlamento.

"É urgente celebrar Abril" - Inês Sousa Real, PAN

A primeira deputada a falar na sessão solene foi Inês Sousa Real, do PAN, defendendo que é "urgente celebrar Abril" num ano em que os partidos são chamados às urnas e os portugueses "estão cansados da instabilidade política".

"Temos de renovar a esperança na Democracia", apelou.

"Celebração do 25 de Abril não se cancela", Isabel Mendes Lopes, Livre

A co-porta voz do Livre dedicou grande parte do discurso a Celeste Caeiro e o "acaso" do cravo "colocado na espingarda" e que se tornou a "flor da liberdade".

Numa referência ao cancelamento das comemorações por parte do Governo, Isabel Mendes Lopes afirmou que a "celebração do 25 de Abril não se cancela e não se adia".

"Em abril ganhámos a liberdade, em novembro evitámos perdê-la", Paulo Núncio, CDS

O deputado do CDS recordou o 25 de novembro: "Os dois 25's são continuação um do outro. Em abril ganhámos a liberdade, em novembro evitámos perdê-la".

Num olhar para o presente, Paulo Núncio admitiu o temor de que Portugal regresse à "instabilidade crónica" da Primeira República, face ao facto de as eleições de 18 de maio serem as terceiras em quatro anos.

"Democracia está hoje sob a ameaça dos que tentam denegrir e destruir as suas conquistas", António Filipe, PCP

António Filipe recordou o "empenho cívico" dos deputados da Assembleia Constituinte.

O deputado comunista reconheceu que o momento político atual pode ser "de desencanto, de deceção e de descrença" e alerta que a Democracia "está hoje sob a ameaça dos que tentam denegrir e destruir as suas conquistas".

"50 anos depois continuamos aceitar a menorização do voto de muitos cidadãos portugueses", Rui Rocha, IL

Presidente da Iniciativa Liberal recordou dificuldades em vários setores e lembra os mais de um milhão de votos que não "contaram" nas últimas eleições legislativas.

Rui Rocha sublinhou que "50 anos depois continuamos aceitar a menorização do voto de muitos cidadãos portugueses" considerando que "parte do que abril prometia ainda está longe de cumprir".

"Nem o dia mais feliz consegue iluminar todo o futuro de um povo", Mariana Mortágua, BE

Mariana Mortágua considerou que Portugal ainda vive um 25 de Abril, na defesa de "todos, todos, todos" e contra as "ameaças do novo fascismo".

Num discurso várias vezes interrompido pela bancada do Chega, a líder do Bloco de Esquerda vincou que "a Democracia tem de saber o dia em que nasceu" e lamenta que o Governo tenha considerado adiar a celebração do Dia da Liberdade: "É só a triste confirmação de que nem o dia mais feliz consegue iluminar todo o futuro de um povo".

"Não me venham com cravos, venham com soluções", André Ventura, Chega

André Ventura realçou a presença de cravos no Parlamento, cuja bancada do Chega não tem, para apontar que Celeste Caeiro, a mulher que os distribuiu no 25 de Abril de 1974, "morreu abandonada nas urgências de um hospital".

"Morrem nas urgências ou têm filhos à porta de casa. Não me venham com cravos, venham com soluções", referiu.

"Hoje o povo sai à rua enquanto o Governo fica à janela", Pedro Nuno Santos, PS

Pedro Nuno Santos abriu a sua intervenção com uma crítica ao Governo por ter tentado adiar as celebrações do 25 de Abril.

No seu entender, "é o reflexo de um governo desligado do sentimento popular, incapaz de perceber que os portugueses, mesmo 51 anos depois de Abril, se ofendem com quem desvaloriza a data que lhes trouxe a Democracia, a liberdade, a educação para todos, o SNS, o direito a escolher quem os governa". "Hoje o povo sai à rua enquanto o Governo fica à janela", atirou.

"Democracia madura deve salvaguardar a liberdade de expressão", Teresa Morais, PSD

Teresa Morais mencionou as redes sociais e "o risco que são para as democracias".

Para deputada uma "democracia madura deve salvaguardar a liberdade de expressão e não permitir que se partilhem crimes sobrecarregando a vítima com uma nova forma de agressão", fazendo uma referência ao recente caso de violação partilhado na internet por jovens influencers.

"Exigem-nos que tenhamos uma visão para o nosso país, uma ideia aspiracional para o futuro", José Aguiar Branco

Depois das intervenções dos partidos, foi a vez do Presidente da Assembleia da República de recordar as eleições da Assembleia Constituinte, há 50 anos, para pedir que todos os políticos estejam "à altura do gesto" do voto dos mais de cinco milhões de portugueses que votaram pela primeira vez em Democracia.

"Exigem-nos que tenhamos uma visão para o nosso país, uma ideia aspiracional para o futuro. E, no entanto, tantas vezes não conseguimos cumprir", lamentou.

"O que tem Francisco a ver com o 25 de Abril? Tudo! Tudo! Tudo!", Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República fez a comparação da madrugada de 25 de Abril de 1974 e da revolução dos cravos com a mensagem do Papa Francisco.

Marcelo Rebelo de Sousa perguntou e respondeu: "O que tem Francisco a ver com o 25 de Abril? Tudo! Tudo! Tudo! Desde a dignidade humana, a paz, a justiça, a liberdade e a igualdade".

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+