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Em Fátima reza-se por um acordo entre a Santa Sé e a China

12 mai, 2018 - 21:09

Bispo emérito de Hong Kong preside à peregrinação internacional aniversária de 12 e 13 de maio.

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O cardeal John Tong, bispo emérito de Hong Kong, espera boas notícias sobre as relações entre o Vaticano e Pequim este ano.

Ao falar na conferência de imprensa da peregrinação internacional aniversária de 12 e 13 de maio, que hoje começou no Santuário de Fátima e a que vai presidir, John Tong admitiu que "ainda este ano poderão ser anunciadas boas notícias".

Segundo o cardeal, há várias questões nas negociações entre Pequim e o Vaticano, sendo que a nomeação dos bispos locais é um dos pontos mais importantes. "Este é o ponto chave", declarou o prelado, que destacou a devoção à Virgem de Fátima na China, onde o Centenário das Aparições foi celebrado em igrejas locais.

Ainda assim, John Tong considerou que "a Igreja na China continua a viver atualmente numa situação atípica", assinalando que o Governo privilegia a Igreja oficial, a Associação Patriótica, implementando medidas restritivas para a comunidade que segue as orientações do Vaticano.

O cardeal admitiu, contudo, que a situação da Igreja na China "continua aberta a grandes possibilidades", destacando a "grande coragem em muitas comunidades católicas na defesa da sua fé".

Já o bispo de Leiria-Fátima, António Marto, considerou que se está "a viver um momento delicado e esperançoso no diálogo" entre a Santa Sé e a China, manifestando o desejo de "que possa abrir caminho ao reconhecimento da Igreja católica na China e que permita aos católicos chineses serem cidadãos plenamente católicos e plenamente chineses, porque é isso que está em questão no fundo".

"Queremos ter esta intenção presente nesta peregrinação", afirmou António Marto, pedindo para que este diálogo "chegue a bom termo" e "seja frutífero a breve tempo".

Pequim e a Santa Sé estarão prestes a quebrar mais de meio século de antagonismo com a assinatura de um primeiro acordo sobre a nomeação dos bispos.

Nas intenções desta peregrinação está também o diálogo entre as duas Coreias e a situação na Síria.

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