14 dez, 2021 - 09:25 • Olímpia Mairos
A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) vai dar início às obras de conservação e restauro da Igreja Matriz de Torre de Moncorvo.
O investimento superior a 200 mil euros visa “efetuar uma intervenção de reabilitação, restauro e consolidação do edificado; realizar os trabalhos de conservação e restauro do espólio artístico integrado; melhorar as condições de acessibilidade e visita”, informa a CRCN em comunicado.
Numa primeira fase, a intervenção vai incidir na conservação e restauro das pinturas murais da capela-mor, uma pintura integral, sobre granito na abóbada de berço, cornija, arco cruzeiro e enxalços dos vãos, e sobre reboco nas paredes.
O teto, em abóbada, é constituído por 24 caixotões que ostentam iconografia alusiva à vida e Paixão de Cristo e à simbologia Mariana.
Segundo a nota, o conjunto pictórico “denota o resultado do mau estado de conservação do edifício, particularmente as pinturas sobre reboco dos alçados da capela-mor, degradação que resultou sobretudo de infiltrações de águas pluviais”.
A DRCN assinala que na intervenção, “assente em critérios de rigor histórico, científico e técnico, valoriza-se a vertente conservativa, melhorando-se, sempre que possível e necessário, a leitura do conjunto”.
“São várias as atividades a desenvolver na área da reabilitação e restauro da Igreja, abarcando essencialmente a capela-mor e os absidíolos, mas também o espaço do alpendre sul e as portas”, sublinha o comunicado, acrescentando que “será ainda efetuado um estudo/ diagnóstico sobre o estado de conservação da pedra nos três portais do edifício: principal, norte e sul, com o objetivo de preparar uma futura intervenção de conservação e restauro”.
O objetivo, segundo a DRCN, é para além da “salvaguarda efetiva do imóvel”, melhorar e reforçar “o interesse turístico da região conduzindo-a para ser cada vez mais um polo de atração e formação de públicos variados”.
A construção da Igreja Matriz de Torre de Moncorvo (Monumento Nacional desde 1910) iniciou-se na primeira metade do séc. XVI, prolongando-se até aos primeiros anos do século seguinte.
O templo é propriedade do Estado Português e está afeto à Direção Regional de Cultura do Norte.