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Brasão episcopal de D. Delfim Gomes evoca o Nordeste Transmontano

17 nov, 2022 - 09:00 • Olímpia Mairos

A ordenação episcopal está marcada para o dia 4 de dezembro, às 15h00, na Catedral de Bragança.

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O novo bispo auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes, evoca, no seu brasão episcopal, o Nordeste Transmontano, região do país que o viu nascer e crescer ao serviço da Igreja e dos mais frágeis.

“In dando quod accipis”, o lema de D. Delfim Jorge Esteves Gomes, é a frase que se lê no brasão e que significa “‘é dando que se recebe’, tal como transmitia São Francisco de Assis na ‘Oração da Paz´”, lê-se na nota enviada à Renascença.

Na descrição feita pelo autor do brasão, o professor Avelino Leite, refere-se que “sobre fundo cor de azeite, o óleo da unção, linhas curvas jorrando de nascente, o Nordeste Transmontano, sugerem água correndo e lembram a paisagem montanhosa; evocam o azeite que as terras destes lugares produzem em quantidade e qualidade. Perene evocação da paz, o ramo de oliveira, folhas e fruto, ratifica a regra do caminho para alcançar esse dom que o lema episcopal, colhido em São Francisco de Assis, enuncia: ‘In dando quod accipis’”.

Como insígnias episcopais, tal como é próprio dos bispos, D. Delfim Gomes irá usar um anel, uma cruz peitoral e um báculo pastoral.

Assim, o novo bispo irá usar, diariamente, um anel de prata, na “textura telúrica e rural da terra transmontana”.

“Nele se inscreve, como gravada no chão, a cruz, o grande sinal da encarnação, acontecimento na história que gera e finaliza a missão do bispo, pastor em nome de Deus deste mistério imenso que redime a terreal condição humana”, explica o artista.

Já a cruz peitoral, em pau santo, tem gravadas “as linhas da paisagem transmontana, linhas de água batismal, fios do azeite da unção episcopal. Aplicado sobre o elemento da natureza de que a cruz é fabricada, um ramo de oliveira, em prata preciosa, diz o dom da cruz, a paz entre os homens de boa-vontade”, detalha.

Quanto ao báculo ou cajado do pastor, símbolo do múnus pastoral, usado pelo bispo nas celebrações litúrgicas a que preside, “em pau santo, atravessa uma aliança de prata que gera uma azeitona em que se inscreve”, explica Avelino Leite.

“Também em prata, um ramo de oliveira, árvore nordestina, a árvore do jardim da agonia. Aí, a linha vertical do bastão inclina-se em prata e faz-se báculo episcopal, atravessado por uma cruz, cor de ouro, manifestando a consciência de que o ministério do bispo se realiza em entrega crucificada e no anúncio do mistério, precioso como o ouro, da vitória da vida sobre a morte, a cruz de Cristo”, acrescenta.

O novo bispo irá receber, ainda, na ordenação, a mitra, insígnia própria que foi introduzida na Igreja no séc. XVIII e que é usada nas celebrações, nomeadamente nas eucarísticas: quando se senta, faz a homilia, as saudações, as alocuções ou os avisos, quando abençoa e executa gestos sacramentais e ainda nas procissões.

D. Delfim Jorge Esteves Gomes é ordenado bispo no próximo dia 4 de dezembro, II Domingo do Advento, às 15h00, na Catedral de Bragança.

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