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Obra Católica das Migraçoes

JMJ é um "ótimo momento para sensibilização” contra tráfico de pessoas

30 jul, 2023 - 08:30 • Henrique Cunha

A Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM) vai aproveitar a JMJ Lisboa 2023 para realizar ações de prevenção contra o tráfico de seres humanos.

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A diretora da Obra Católica Portuguesa das Migraçoes (OCPM), Eugénia Quaresma, diz que a coincidência de o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas se assinalar em vésperas do arranque da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será aproveitada para sensibilizar mais jovens.

“Olhando para as datas, coincide e liga muito bem com este domingo, dia 30, em que se celebra o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, e aproveitando a presença dos jovens é um ótimo momento para a sensibilização”, diz a responsável da OCPM à Renascença.

Eugénia Quaresma destaca a importância de os jovens estarem "atentos aos sinais" que apontam para o tráfico: “Os jovens, que têm sonhos, que têm a força para se aventurarem e para seguirem o desconhecido, precisam de estar atentos aos sinais que possam existir e ter muito cuidado com as facilidades e com os atalhos que às vezes lhes são oferecidos. Têm de estar muito atentos também às redes de exploração que possam surgir."

A responsável da OCPM diz que é preciso combater “as propostas que se fazem valer da vulnerabilidade das pessoas e procuram inseri-las no mundo da prostituição ou no mundo do crime”.

“É este apelo que fazemos para que não se caia em redes”, sublinha.

Refugiados no coração da JMJ

Nestas declarações à Renascença, Eugénia Quaresma sublinha a importância do encontro do Papa com refugiados, na Universidade Católica, no âmbito do programa da JMJ.

A diretora da OCPM entende que, desta forma, Francisco coloca o tema dos refugiados "no coração das jornadas”

"Desde o início do seu Pontificado, Francisco teve este olhar atento aos migrantes e denunciou e pôs na agenda a questão das travessias do Mediterrâneo”, recorda.

"Este encontro que o Papa vai ter na Universidade Católica com os refugiados é isso mesmo, é por no coração das Jornadas também uma preocupação sua, é dizer 'obrigado' por termos acolhido, é termos esta oportunidade de escutar as histórias destas pessoas que foram acolhidas”, prossegue.

A anteceder a Peregrinação dos Migrantes e Refugiados a Fátima, nos dias 12 e 13 de agosto, a Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana organiza a sua 51ª Semana Nacional de Migrações que tem como tema "Livres de escolher se migrar ou ficar".

Para a Peregrinação ao Santuário de Fátima, que será presidida pelo arcebispo de Luanda, D. Filomeno Dias Vieira, Eugénia Quaresma antecipa uma grande participação porque “o 12 e 13 calham num fim de semana e, portanto, há pessoas que fazem questão de estar".

"Acreditamos que podemos ter também pessoas que terminando as Jornadas ficaram mais uma semana para participar nesta peregrinação e, por isso, acredito que haja um número maior do que o habitual”, remata.

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  • Fatima Alcobia
    30 jul, 2023 Vigo 17:06
    O tráfico de seres humanos referente à prostituição é uma forma repugnante de exploração, que infelizmente faz parte da violência econômica contra as mulheres. Em 2011, o tratado do convênio de Istambul foi assinado com o objetivo de combater diversas formas de violência contra as mulheres, incluindo a violência econômica. No entanto, é preocupante que Portugal e Espanha tenham excluído a violência econômica da tipificação em suas leis. Suspeitas emergem devido ao nível de corrupção e à abundância de tráfico de seres humanos na região da Galícia. Isso nos leva a questionar se a Operação Carioca e interesses relacionados possam estar envolvidos de alguma forma nessa terrível prática. O tráfico de seres humanos, especialmente com fins de exploração sexual, é uma violação hedionda dos direitos humanos. É essencial que os governos se unam na luta contra esse crime, fortalecendo suas leis e implementando medidas para proteger as vítimas e punir severamente os perpetradores. A sociedade como um todo deve estar atenta e engajada para eliminar essa forma de violência, proporcionando apoio e segurança às vítimas e trabalhando em conjunto para erradicar o tráfico de seres humanos, bem como a exploração econômica que muitas mulheres enfrentam. A conscientização e a ação coletiva são fundamentais para proteger os direitos das mulheres e combater essa grave violação dos valores humanos. https://www.elmundo.es/elmundo/2011/04/09/galicia/1302382919.html

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