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Admissão de homossexuais ao sacerdócio? As regras não mudaram

13 jan, 2025 - 13:37 • Aura Miguel

O “Avvenire”, jornal diário da CEI, titula que “nada mudou” quanto às normas de 2016 sobre o acesso ao sacerdócio e ordens sagradas, esclarecimento necessário “após uma leitura parcial e não contextualizada por parte de alguns órgãos de comunicação”.

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A conferência episcopal italiana (CEI) publicou novas regras para a admissão aos seminários e formação de sacerdotes. O documento, aprovado pela Santa Sé, através do Dicastério para o Clero, é válido por três anos. A imprensa italiana reagiu de imediato anunciando que a CEI vai abrir os seminários a candidatos homossexuais, desde que se empenhem a viver responsavelmente a castidade no celibato.

Na origem da polémica, está a seguinte norma: "no processo formativo, quando se faz referência a tendências homossexuais, é oportuno não reduzir o discernimento apenas a tal aspeto”.

No entanto, o mesmo documento da CEI também refere que o objetivo da formação do candidato ao sacerdócio, no âmbito afetivo-sexual, “implica escolher livremente a castidade no celibato” e que, “apesar da Igreja respeitar profundamente a pessoa em questão, não pode admitir no Seminário nem na Ordens sagradas os que praticam a homossexualidade”.

Face à reação dos media, os bispos italianos sentiram a necessidade de pôr água na fervura. O “Avvenire”, jornal diário da CEI, titula que “nada mudou” quanto às normas de 2016 sobre o acesso ao sacerdócio e ordens sagradas, esclarecimento necessário “após uma leitura parcial e não contextualizada por parte de alguns órgãos de comunicação”.

Na verdade, o “polémico” parágrafo 44 do Documento da CEI reafirma o estabelecido pela Congregação para o Clero, em 2016, que, por sua vez, retoma os conteúdos de um outro Documento publicado em 2005 pela então Congregação para a Educação Católica: “Em relação às pessoas com tendências homossexuais que se aproximam dos seminários, ou que descobrem esta situação durante a sua formação, em coerência com o seu próprio Magistério, a Igreja, embora respeitando profundamente as pessoas em questão, não pode admiti-las no Seminário e nas Ordens sagradas. são aqueles que praticam a homossexualidade, têm tendências homossexuais profundamente enraizadas ou apoiam a chamada cultura gay", lê-se quer no documento de 2016 quer no publicado agora pela CEI.

O bispo Stefano Manetti, presidente da Comissão episcopal italiana para o clero e vida consagrada, veio também esclarecer que “a única novidade do Documento” é a atenção aos discernimento nos primeiros três anos do percurso formativo. ”A pessoa está em primeiro lugar e queremos ajudar os candidatos a uma clarificação interior, a tomarem consciência de si próprios”, afirmou. Por isso, “é oportuno que os formadores não reduzam o discernimento apenas às tendências homossexuais, para poderem captar o quadro global da personalidade do jovem, incluindo o seu âmbito afetivo-sexual”.

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