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Libertadas “e de boa saúde” as duas religiosas raptadas na Nigéria

14 jan, 2025 - 12:14 • Olímpia Mairos

Segundo a AIS, o país mais populoso da África, tem assistido ao longo dos últimos anos a uma onda de violência contra a Igreja com sucessivos casos de rapto de sacerdotes, religiosas e seminaristas.

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Foram libertadas esta segunda-feira as duas religiosas raptadas no dia 7 de janeiro, quando regressavam de uma reunião no estado de Anambra, na Nigéria.

Segundo a Fundação AIS Internacional, que cita um comunicado da congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, Mãe de Cristo, as religiosas encontram-se de “de boa saúde”.

“Comunico-vos com alegria que as nossas queridas Irmãs Vincentia Maria Nwankwo e Grace Mariette Okoli, que foram raptadas na noite de terça-feira, 7 de janeiro de 2025, foram libertadas sem condições e de boa saúde”, lê-se no comunicado.

A congregação agradece todas as orações e a onda de solidariedade ao longo destes “dias difíceis e incertos” em que as religiosas estiveram em cativeiro.

O rapto ocorreu na estrada de Ufuma, quando as duas religiosas voltavam de uma reunião da associação vocacional da congregação em Ogboji, no estado de Anambra, no sul do país. A Irmã Vincentia Maria é directora da escola secundária Archbishop Charles Heerey Memorial Model, em Ufuma, e a Irmã Grace Mariette é professora na escola secundária Immaculata Girls Model, em Nnewi.

A AIS destaca que a Nigéria, que é o país mais populoso da África, tem assistido ao longo dos últimos anos a uma onda de violência contra a Igreja com sucessivos casos de rapto de sacerdotes, religiosas e seminaristas.

“Em 2023, um total de 25 sacerdotes, seminaristas e religiosos foram sequestrados, dos quais um foi posteriormente assassinado. Além disso, nesse mesmo ano, outros três sacerdotes perderam a vida devido a ataques violentos neste país africano. Em 2024, segundo uma investigação da Fundação AIS, 12 padres foram também raptados na Nigéria e um foi assassinado no final do ano. Mas toda a comunidade cristã vive, de certa forma, em sobressalto”, lê-se no comunicado enviado à Renascença.

A Fundação AIS nota que “além dos raptos, normalmente da responsabilidade de gangues armados, os cristãos têm sido alvo também de crescente violência por parte dos pastores nómadas fulani, cada vez mais radicalizados, e continuam a ser um dos alvos dos terroristas do Boko Haram, uma organização jihadista que atua principalmente no norte do país onde pretende a implantação de um califado”.

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