Católicos portugueses pedem “ministério de acolhimento” e mudanças na formação nos seminários

Mais de 300 pessoas de todas as dioceses de Portugal reuniram-se no passado sábado, em Fátima, com o objetivo de enriquecer com propostas um caminho de sinodalidade para a Igreja em Portugal.

Os participantes foram divididos em 36 grupos e tiveram de responder à questão “Como concretizar a Sinodalidade na vida das comunidades?”. No final do encontro foram partilhadas as linhas de atuação que deviam ser seguidas.

Foi proposto criar e dinamizar os Conselhos Pastorais Paroquiais, para que seja possível torná-los “representativos, inclusivos, participativos e transparentes com o Povo de Deus”.

Os vários participantes concluíram ainda que é necessário melhorar o planeamento pastoral a partir da realidade concreta de cada local. E que é necessário “criar hábitos de avaliação sistemáticos nas comunidades, como também cultivar uma cultura de transparência e prestação de contas em todos os setores da Igreja.”

Os intervenientes do encontro acreditam que a Igreja em Portugal vai ter também de começar a apostar em novas formas de ação para alcançar todas as estruturas eclesiais. Também é pretendido que seja aprofundada a espiritualidade batismal de forma a potenciar a “escuta e conversação no Espírito.”

As sugestões não ficam por aqui. Foi concluído que é necessário repensar os modelos de formação nos seminários, de forma que seja possível apostar na dimensão humana e espiritual promovendo mais vivências missionárias.

Foi também proposto que se desenvolva um ministério de acolhimento, escuta e acompanhamento para consagrados e leigos, com o objetivo de que as pessoas possam ser acolhidas para “curar as suas feridas.”

Um novo encontro Sinodal vai ser realizado em 2026, para que se possa avaliar o progresso destas propostas decididas no 1.º Encontro Sinodal Nacional.