16 jan, 2025 - 11:51 • Olímpia Mairos
A Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã (FSNEC) e a Comissão Nacional da Educação Moral e Religiosa Católica de Cabo Verde celebraram um acordo de sub-cedência de direitos de autor dos manuais portugueses para uso e adaptação à realidade cabo-verdiana.
Em declarações ao Educris, o padre José Eduardo Furtado Afonso, presidente da comissão cabo-verdiana, refere que este acordo tem “uma importância enorme uma vez que nos vai permitir ter acesso a materiais e instrumentos que nos ajudam na implementação da EMRC nas escolas públicas não superiores de Cabo Verde.
A cedência dos diversos manuais em uso na realidade portuguesa, permite a sua adaptação à realidade cultural, política e religiosa de Cabo Verde.
“O impacto é sempre positivo. Já usamos os manuais e agora, com este protocolo vamos atualizar, e contextualizar o conteúdo dos manuais com o nosso habitat existencial”, assinala o sacerdote.
Após um período “experimental”, iniciado em 2019, a EMRC está presente em 13 escolas daquele país africano, chegando a mais de 20 mil alunos.
“Terminámos, no final do ano passado, a fase experimental da implementação da disciplina. Realizámos uma avaliação e é o próprio Governo de Cabo Verde que reconhece esta disciplina como uma mais-valia nas aprendizagens dos alunos”, assinala o sacerdote.
Para o padre José Eduardo Furtado Afons,o o desafio passa agora por “alargar a EMRC a outras ilhas, formar professores e fazer parte do todo nacional”.
Já Fernando Moita, diretor do SNEC, destaca que o acordo, agora assinado, permite “continuar a procurar as melhores soluções para a disciplina, nas duas realidades,” sendo resultado da “vontade expressa dos nossos bispos em colaborar com a realidade eclesial de Santiago e Mindelo, numa parceria entre duas Igrejas irmãs no serviço à formação integral das novas gerações”.
O responsável sublinha que “hoje a disciplina de EMRC em Cabo Verde conta já com professores a tempo inteiro e agora com manuais que vão ser oportunidade de melhor servir os alunos”.
É com “alegria que vemos hoje o crescimento sustentado da disciplina naquele país”, declara Moita, assegurando disponibilidade total em “continuar a ajudar na formação de novos professores” e nos “desafios ao nível do perfil, das metodologias e de algumas circunstâncias naturais” que vão resultar do crescimento da disciplina.