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Jubileu dos Comunicadores

Delegação da Renascença marca presença no jubileu das comunicações

25 jan, 2025 - 17:45 • Aura Miguel

A delegação da Renascença participa, em Roma, no Jubileu dos comunicadores. O presidente da Administração do Grupo Renascença Multimédia valoriza o pedido do Papa Francisco para que ”não apenas transmitamos a verdade, mas que sejamos pessoas que vivem e são da verdade”.

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A delegação da Renascença participa, em Roma, no Jubileu dos comunicadores e tem-se desdobrado pelas diversas iniciativas organizadas pela Santa Sé. As reações são já muito positivas.

“Poderia sintetizar este segundo dia do jubileu usando a palavra ‘verdade’, na certeza de que é essa verdade que nos fará ver o futuro e a vida com esperança, o tema central do jubileu 2025”, considera o Padre Paulo Franco.

O presidente da Administração do Grupo Renascença Multimédia valoriza o pedido do Papa Francisco para que ”não apenas transmitamos a verdade, mas que sejamos pessoas que vivem e são da verdade”. Ao considerar os restantes testemunhos e intervenções deste dia, o Padre Paulo Franco reconhece que “os outros intervenientes continuaram afirmando a importância da verdade em todas as atividades associadas à nossa missão de comunicar e informar”. E acrescenta: "Jesus Cristo afirma-nos, de facto, que é a verdade que nos liberta e salva. A defesa da verdade é, por isso, o grande desafio que levo da vivência deste jubileu".

O “antídoto contra a tirania” de Maria Ressa

A diretora adjunta de programação, Dina Isabel, destaca a missão que os jornalistas têm, neste Jubileu da Esperança, contra o medo e o autoritarismo.

“Num dia em que se lembrou que muitos jornalistas morrem ao serviço da verdade, ficou claro que desistir da esperança não é opção. Este foi um dia muito marcado por testemunhos e interpelações fortes que vão permitir espalhar a palavra nas diversas redações dos 138 países representados neste jubileu das comunicações sociais”.

E acrescenta: “As mentiras muito repetidas e espalhadas, nomeadamente através das redes sociais, ampliam o medo é a ignorância, determinantes para o crescimento dos regimes totalitários. Mais que nunca, temos de nos erguer e lutar pela verdade. Guardei esta frase de Maria Ressa, jornalista filipina e prémio Nobel da paz: silêncio é consentimento”.

Também o administrador da Renascença multimédia, José Luís Ramos Pinheiro, sublinha a força das palavras e conselhos da jornalista filipina.

“Nos tempos que correm e com ameaças à liberdade de comunicação que se conhecem, Maria Ressa defende um Jornalismo como ‘antídoto para a tirania’, ideia que sublinhou diversas vezes. Pediu também que se confie nos jornalistas e no seu trabalho. E convidou os profissionais dos media a um exercício de coragem, para que este trabalho de ‘antídoto da tirania ’possa ser desenvolvido. Neste quadro, Maria Ressa aconselhou as pessoas a não agirem isoladamente, mas a procurarem força e coragem na respetiva comunidade”.

Sobre a influência das redes sociais, Maria Ressa diz que, em geral, não apreciam a verdade e espalham a mentira com grande velocidade, mas o 'fact cheking', ainda que seja feito, não se espalha à mesma velocidade.

“Nas Filipinas ela fez uma experiência. Pediu a grupos de pessoas que repusessem regularmente a verdade sobre alguns factos, nas redes sociais, não no estilo de 'fact cheking', mas antes que o fizessem com 'posts' com emoção e inspiração. E concluiu, na sua experiência, que a inspiração espalha-se com a mesma velocidade que a raiva e as mensagens violentas. Por isso, apela a que se combata a raiva e a ira nas redes sociais com inspiração e a dose certa de emoção”, disse Ramos Pinheiro

A coragem de perdoar a quem matou o filho

Na mesma sessão, em que participou Maria Ressa, Colum McCan contou a história de Diane Folley uma Mãe cujo filho morreu na Síria. O relato, aqui revelado por Ramos Pinheiro, fala por si.

“Diane Fiolley quis encontrar-se com o assassino, um responsável do estado islâmico, entretanto extraditado para os Estados Unidos. O encontro decorreu na Virgínia. E a Mãe que perdera o filho queria conhecer quem era o homem por detrás do assassino. Perguntou-lhe quais eram as suas convicções e por que razão matara o filho. E depois explicou-lhe quem era o seu filho e descreveu as suas qualidades e a sua forma de ser.

No final, apertaram as mãos e a Mãe perdoou-o. Não pediu vingança, no que lhe valeu algumas críticas. Naquele momento ‘faltou-me todo o oxigénio do mundo’, disse o escritor Colum McCan que acompanhou a Mãe no encontro com o assassino do seu filho. Mas foi uma forma de estabelecer a comunicação entre duas pessoas. E para Colum McCan é essa a Comunicação que o Papa Francisco pede à humanidade. Uma comunicação em que as pessoas procuram compreender-se e encontrar-se. Mesmo que partindo de situações e circunstâncias claramente opostas”.

Por fim, em conversa com a equipa da Renascença participante no jubileu dos comunicadores, Ramos Pinheiro termina com uma curiosa revelação: “A Nobel da Paz, Maria Ressa disse-nos conhecer o Presidente da República, acrescentando que Marcelo Rebelo de Sousa vai desafiá-la a fazer o mesmo que ele fez na respetiva trajetória: passar do jornalismo para uma carreira política. ‘Prefiro ser jornalista’, garantiu Maria Ressa”.

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