29 jan, 2025 - 12:48 • Olímpia Mairos
Vinte e quatro horas a rezar pela paz e reconciliação por Myanmar. É a proposta da Fundação Ajuda que Sofre (AIS) para o próximo sábado, dia 1 de fevereiro, dia em que se assinalam os quatro anos do golpe militar naquele país asiático.
Em comunicado explica-se que todos os 23 secretariados da fundação pontifícia, incluindo o de Portugal, vão estar ativos nesta iniciativa, procurando-se sensibilizar também a opinião pública para a situação extremamente difícil que se está a viver em Myanmar.
“Nós, na Fundação AIS, estamos profundamente emocionados com a situação em Myanmar. Por isso, este dia é uma oportunidade para todos, independentemente do seu local de origem, se unirem numa oração coletiva pela paz e a reconciliação. Durante este dia de oração, queremos recordar as vítimas e os mortos no conflito, pedindo conforto para as suas famílias e o eterno descanso para os que já partiram”, diz a presidente internacional da fundação pontifícia, citada em comunicado.
Na mensagem, Regina Lynch recorda que Myanmar vive tempos muito duros e que isso se reflete de forma dramática na vida das populações.
“Os nossos irmãos e irmãs são vítimas de bombardeamentos, da fome, da falta de eletricidade e de outros bens básicos. Os padres e as religiosas têm muitas vezes de viajar durante vários dias para chegar às paróquias mais distantes, enfrentando situações perigosas. Mas, apesar de tudo, continuam a realizar o seu trabalho”, assinala.
Já Catarina Martins de Bettencourt, responsável do secretariado português da Ajuda à Igreja que Sofre lembra que neste país, a antiga Birmânia, vive ainda uma comunidade, os Bayingyis, que são descendentes dos portugueses e que também têm conhecido a violência e o terror.
“Sabendo que há neste país ainda famílias católicas que descendem dos portugueses, é seguramente mais um motivo para rezarmos todos neste sábado, dia 1 de fevereiro, numa prece mundial por este país mergulhado em violência e sofrimento”, assinala.
Para a diretora da AIS “a nossa oração é também um sinal de solidariedade e de fraternidade para com todos os que vivem em Myanmar, para que saibam que, apesar de tudo, não estão sozinhos, não estão abandonados, e que o mundo acompanha a sua dor, as suas lágrimas”.
De acordo com a AIS, a jornada de oração promovida a nível global é também uma resposta aos apelos constantes do Papa Francisco para que o mundo não ignore o sofrimento deste povo.