01 fev, 2025 - 22:13 • Aura Miguel , Olímpia Mairos
O Papa Francisco esteve esta tarde em conversa, através da plataforma Zoom, com alguns jovens de Kiev, na Ucrânia, e de outras cidades da Europa e da América.
Depois de um momento de oração, os jovens leram alguns testemunhos dolorosos sobre a situação de guerra em que vivem e as suas consequências para eles, para as suas famílias, para o seu país.
Em resposta às perguntas feitas pelos jovens, Francisco manifestou a sua proximidade e a sua dor pelas feridas causadas pelo conflito.
“A guerra causa fome, a guerra mata”, disse o Papa.
Depois o Santo Padre pediu aos jovens que sejam patriotas, que “amem a pátria, guardem a pátria”, recordando a vida de Oleksandr, um jovem lutador cujo livrinho do Evangelho e dos Salmos e o rosário o Papa guarda “como relíquias” na sua secretária.
Francisco pediu também aos jovens que tenham sonhos e sede futuro, expressando o desejo de paz para a Ucrânia.
“A paz constrói-se com o diálogo, não se cansem do diálogo”, pediu, acrescentando que mesmo que por vezes seja difícil, é fundamental fazer “sempre um esforço para procurar o diálogo”.
Ao responder a uma questão específica sobre o perdão, quando a dor e a injustiça da guerra deixam feridas profundas no coração, Francisco reiterou o quão difícil é o perdão”.
“Uma das coisas mais difíceis”, disse, acrescentando que “ajuda-me esta frase: devo perdoar como fui perdoado”.
“Cada um de nós deve olhar para a sua própria vida para ver como fomos perdoados”, aconselhou.
Finalmente, antes de saudar os jovens e de lhes dar a sua bênção, Francisco voltou a falar do amor à pátria, concluindo: “Hoje a mística dos jovens ucranianos é ser patriotas”.