05 fev, 2025 - 11:30 • Henrique Cunha
O bispo das Forças Armadas, D. Sérgio Dinis, afirma que “a hospitalidade e o respeito pela diversidade cultural são marcas indeléveis do povo português”.
Na sua intervenção durante a sua tomada de posse no Ministério da Defesa Nacional, D. Sérgio Dinis disse que essa hospitalidade é refletida “não apenas dentro das nossas fronteiras, mas também na diáspora que, pelo mundo, leva a cultura lusa sem perder as suas raízes”.
“Apesar das crises, dos terramotos, das guerras e das mudanças políticas, Portugal sempre soube reinventar-se, adaptar-se aos desafios do tempo e preservar a sua identidade única”, sublinhou o bispo castrense.
Na presença dos ministros da Defesa e da Administração Interna, D. Sérgio Dinis destacou “a coragem e o espírito de aventura, o humanismo e a resiliência e a capacidade de adaptação”, mas também “a importância da fé e da tradição cristã” na “nossa história, como povo e nação”.
“Não podemos ignorar que a fé cristã e católica teve um papel central na formação de Portugal e na construção da nossa identidade nacional. Faz parte do nosso ADN”, reforçou.
O prelado entende que “o cristianismo não foi somente uma influência cultural, mas um elemento estrutural da nacionalidade portuguesa, moldando as suas instituições, leis, artes e valores fundamentais, como a dignidade da pessoa humana, a liberdade e a justiça”.
O bispo das Forças Armadas lembrou que “desde a fundação do Reino, com D. Afonso Henriques, até à gloriosa era dos Descobrimentos, Portugal distinguiu-se pelo seu espírito destemido e pela audácia de ir sempre mais longe”.
“Ao longo dos séculos, Portugal não só garantiu direitos e promoveu a justiça social, como foi também pioneiro na abolição da escravatura em 1761 e na conquista da democracia e da liberdade com a Revolução dos Cravos”, sublinhou.
D. Sérgio Dinis terminou a sua intervenção garantindo que “a Igreja Católica Portuguesa e de modo particular o Ordinariato Castrense” respeita “plenamente a laicidade do Estado”, mas defende “a cooperação e mútua ajuda”, na construção de um futuro “com determinação e esperança”.
“Estaremos ao lado de cada homem e de cada mulher que integram ou integraram as fileiras das Forças Armadas e das Forças de Segurança. Precisamos uns dos outros para manter viva a nossa esperança no amanhã”, concluiu.