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Reações à morte de Aga Khan. Pessoa e obra ficam "para sempre na memória dos portugueses"

04 fev, 2025 - 23:30 • Fábio Monteiro com Lusa

Luís Montenegro manifestou "profundo pesar" pela morte de Aga Khan, sublinhando que a personalidade e obra do líder dos muçulmanos xiitas ismailis "permanecerão para sempre na memória dos portugueses".

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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, manifestou "profundo pesar" pela morte de Aga Khan, esta terça-feira em Lisboa, sublinhando que a personalidade e obra do líder dos muçulmanos xiitas ismailis "permanecerão para sempre na memória dos portugueses".

"É com profundo pesar que o Governo português lamenta o falecimento do Príncipe Aga Khan, Imã da Comunidade Muçulmana Xiita Ismaili. A sua personalidade e a sua obra permanecerão para sempre na memória dos portugueses. Os mais sentidos pêsames à família de Sua Alteza e à comunidade ismaelita do mundo inteiro", pode ler-se, numa nota de Luís Montenegro na rede social X.

Aga Khan, fundador e presidente da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN), e líder dos muçulmanos xiitas ismailis, morreu hoje em Lisboa, aos 88 anos, confirmou à Lusa fonte oficial do imamat ismaili.

Shah Karim al Hussaini, príncipe Aga Khan, 49.º Imam hereditário dos muçulmanos ismaelitas, nasceu na Suíça, cresceu e estudou no Quénia e nos Estados Unidos, e tem ligações ao Canadá, Irão e França, e nos últimos anos também a Portugal, com a escolha de Lisboa para sede mundial da comunidade ismaelita, "Imamat Ismaili", tornando-a uma referência para os cerca de 15 milhões de muçulmanos da minoria xiita.

Marcelo recorda um "bom amigo" de Portugal

Também o Presidente da República já se pronunciou sobre a morte de Aga Khan. Numa mensagem publicada no site da Presidência, Marcelo Rebelo de SOusa manifestou “profundo pesar” pela notícia.

Aga Khan “foi um bom amigo de Portugal” e alguém que marcou a “sua vida por um trabalho incansável em prol da elevação da dignidade humana e da proteção dos mais desfavorecidos”.

“Sob a sua liderança, a Rede Aga Khan para o Desenvolvimento promove um trabalho extraordinário e multifacetado, dando desde há décadas um contributo fundamental para o desenvolvimento humano a nível global, trazendo melhorias tangíveis às condições sociais de milhares e milhares de pessoas em diversos continentes”, lê-se.

Guterres lembra símbolo de paz, tolerância e compaixão no mundo conturbado

O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou a morte de Aga Khan, sublinhando que o líder dos muçulmanos xiitas ismailis era "um símbolo de paz, tolerância e compaixão no nosso mundo conturbado".
"Estou profundamente triste com a notícia de que Sua Alteza o Príncipe Karim Al-Hussaini, Aga Khan IV, faleceu. Ele era um símbolo de paz, tolerância e compaixão no nosso mundo conturbado", frisou o diplomata português, numa nota na rede social X.

Guterres expressou também as "mais profundas condolências à família de Sua Alteza e à comunidade ismaelita".

Pedro Nuno Santos sublinha "legado de transformação na comunidade ismaelita"

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, sublinhou que Aga Khan, deixa um "legado de transformação na comunidade ismaelita", lembrando a "presença importante e respeitada" em Portugal.
"Lamento profundamente o falecimento de Sua Alteza Karim Aga Khan IV, líder espiritual da Comunidade Muçulmana Xiita Ismaili. Deixa um legado de transformação na comunidade ismaelita, que em Portugal tem uma presença importante e respeitada, com especial relevo para a presença da sede do Imamat Ismaili em Lisboa, desde 2015, e para os projetos educativos, culturais e sociais da Fundação Aga Khan no nosso país", destacou o líder socialista, numa nota na rede social X.

Pedro Nuno Santos endereçou ainda "os mais sinceros pêsames à sua família e à comunidade ismaelita".

Morte do líder dos ismaelitas deixa "enorme vazio" em Lisboa

O presidente da Câmara de Lisboa frisou esta noite que a morte de Aga Khan deixa "um enorme vazio" na cidade, desde onde o líder dos muçulmanos xiitas ismailis "fez um palco para a sua visão que juntou culturas".
"A morte do Príncipe Aga Khan, imãn dos muçulmanos ismaelitas, deixa um enorme vazio em Lisboa. Foi graças à sua obra e visão que milhões de pessoas em todo o mundo escaparam à pobreza, tiveram acesso a cuidados de saúde e encontraram uma oportunidade para estudar", frisou Carlos Moedas, numa nota na rede social X.
O autarca apontou que a obra de Aga Khan "estendeu-se a Lisboa, onde (...) encontrou uma casa, uma casa da qual fez um palco para a sua visão que juntou culturas e cruzava fronteiras - algo que se enquadra perfeitamente na natureza e na história da nossa cidade, feita desse cruzamento contínuo de culturas e de experiências".

"Hoje, o Príncipe Aga Khan deixa-nos. No entanto fica a sua obra e o seu sonho, que são um legado que Lisboa orgulhosamente manterá vivo", garantiu.

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