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Papa apela a respostas globais contra o tráfico de pessoas

07 fev, 2025 - 12:36 • Aura Miguel

O Papa pede coragem e eficácia na promoção de iniciativas específicas “para enfraquecer e combater os mecanismos económicos e criminosos que lucram com o tráfico e a exploração”.

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“Embaixadores de esperança: juntos contra o tráfico de pessoas” é o que o Papa pede na mensagem para o XI Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas, que se assinala neste sábado. O dia 8 de fevereiro coincide com a memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita, uma freira sudanesa que foi vítima de tráfico desde criança e que se tornou um símbolo da luta contra este fenómeno.

Francisco fala de esperança, neste ano jubilar, relacionado com o combate ao tráfico e levanta um de interrogações: “Como podemos continuar a alimentar a esperança perante os milhões de pessoas, especialmente mulheres e crianças, jovens, migrantes e refugiados, aprisionados nesta escravatura moderna? De onde podemos sempre retirar um novo ímpeto para combater o comércio de órgãos e tecidos humanos, a exploração sexual de meninos e meninas, o trabalho forçado, incluindo a prostituição, o tráfico de drogas e o de armas? Como podemos registar tudo isto no mundo e não perder a esperança?”

A resposta do Santo Padre implica “elevar o olhar para Cristo, nossa esperança, para poder encontrar a força para um compromisso renovado que não se deixa vencer pela dimensão dos problemas e dos dramas, mas trabalha nas trevas para acender chamas de luz, que juntas podem iluminar a noite até ao amanhecer”.

Francisco elogia também o exemplo dos jovens de todo o mundo que lutam contra o tráfico: “dizem-nos que devemos tornar-nos embaixadores da esperança e agir em conjunto, com tenacidade e amor; que precisamos de estar ao lado das vítimas e dos sobreviventes”. Por isso, “com a ajuda de Deus, podemos evitar habituar-nos à injustiça e distanciar a tentação de pensar que certos fenómenos não podem ser erradicados”. O Papa pede coragem e eficácia na promoção de iniciativas específicas “para enfraquecer e combater os mecanismos económicos e criminosos que lucram com o tráfico e a exploração” e, mais ainda, a capacidade para “escutar, com proximidade e compaixão, as pessoas que sofreram com o tráfico, para as ajudar a reerguer-se e, juntamente com elas, identificar as melhores formas de libertar outras pessoas e de realizar a prevenção”.

Para combater o tráfico são necessárias respostas globais e um esforço comum, a todos os níveis. Por isso, “convido-vos a todos, especialmente aos representantes dos governos e das organizações que partilham este compromisso, a juntardes-vos a nós, inspirados pela oração, para promover iniciativas em defesa da dignidade humana, pela eliminação do tráfico de pessoas em todas as suas formas e pela promoção da paz no mundo”, pede o Santo Padre.

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