11 fev, 2025 - 11:39 • Olímpia Mairos
A Fundação Casa de Trabalho – Patronato de Santo António, da Diocese de Bragança-Miranda, está a desenvolver um projeto denominado XPTO, que visa aumentar a literacia tecnológica de adolescentes entre os 12 e os 16 anos.
A iniciativa, que decorre até 31 de julho de 2027, visa promover “o equilíbrio entre o mundo online e offline, abordando os riscos associados ao uso excessivo de redes sociais, videojogos e apostas online”.
Em comunicado, a instituição adianta que o projeto utilizará a arte do teatro como ferramenta educativa e transformadora.
“Cerca de 150 jovens, provenientes de contextos vulneráveis, participarão de laboratórios colaborativos em áreas como dramaturgia, cenografia, dança e música, culminando na criação de uma peça de teatro que aborda os desafios do uso da tecnologia”, lê-se na nota enviada à Renascença.
De acordo com a informação disponibilizada, o projeto destaca-se pela metodologia participativa, sistémica e comunitária, envolvendo não apenas os jovens, mas também suas famílias e a comunidade escolar.
“A solução inclui sessões psicoterapêuticas individuais, intervenções pedagógicas familiares e atividades grupais que estimulam competências sociais e emocionais”, indica a fundação.
Até ao final do projeto é esperado que “70% dos participantes adotem práticas tecnológicas mais saudáveis” e que seja fortalecida a “coesão familiar”, a “redução de conflitos intergeracionais” e a capacitação dos jovens para “enfrentar os desafios da dependência tecnológica”.
“Queremos que esta geração esteja preparada para aproveitar as oportunidades do mundo digital, mas de forma equilibrada e consciente”, salienta a equipa responsável.
A equipa de trabalho do projeto é de caráter multidisciplinar composta por uma psicóloga a 100%, uma professora a 50%, um gestor e avaliador de Impacto Social a 50% e cinco monitores da área das artes.
Da comissão de acompanhamento ao projeto fazem parte entidades como CIMTT, as câmaras municipais de Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães, o Centro de Respostas Integradas de Bragança, a Unidade Local de Saúde do Nordeste e a CPCJ de Bragança. Já os principais parceiros serão as escolas do distrito onde irá incidir a intervenção.
O Projeto XPTO é desenvolvido no âmbito do programa operacional Portugal Inovação Social, através do Programa Regional Norte 2030, e cofinanciado pelo Fundo Social Europeu e conta com o apoio de instituições públicas e privadas, incluindo o Banco BPI e a Fundação “la Caixa”, a Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda, a PA Insurance e a União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo (UFSSMM).