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Igreja alerta para aumento de “cultura de violência” no namoro

14 fev, 2025 - 11:28 • Olímpia Mairos

A Comissão Episcopal do Laicado e Família assinala que num tempo marcado pelo domínio da economia e da tecnologia, “o Amor é desvalorizado e, portanto, não admira que tenhamos um mundo cada vez mais violento, governado por pessoas violentas onde não se reconhece a compaixão pela pessoa humana”.

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Na mensagem para assinalar o Dia dos Namorados, que se celebra esta sexta-feira, a Igreja Católica chama à atenção para o aumento da cultura de violência no namoro.

“Existem ‘namoros’ falsos ou vazios porque não têm o mistério do amor como conteúdo. Há ‘namoros’ que são uma sedução para levar à escravatura, afirmações de poder com objetivos de falsa grandeza pessoal. Entretanto, progressivamente, foi aumentando uma cultura de violência. Há uma contradição inaceitável em alguns jovens namorados que aceitem a violência no seu relacionamento como um dado cultural próprio da atualidade”, lê-se na mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF).

A mensagem vinca que, ao contrário do que se diz popularmente, “o Amor não tem de ser cego, necessita de vigilância e sabedoria para traduzir a verdadeira vocação humana”, sublinhando que “a capacidade de amar é um dom de Deus no coração humano que cresce, amadurece e nos torna sempre mais semelhantes ao Criador”.

“Este dom tem de ser traduzido em ensinamento e sabedoria vigilante para que se torne parte do todo da pessoa humana e não um apêndice”, lê-se.

O documento explica que ‘Namorados’ é uma palavra que “tem dentro de si o amor, e o amor é mistério, não se explica, vive-se como um dom e traduz-se por gestos, sinais, atenções e doação de vida”.

“O amor ou existe ou não existe, não se compra em parte alguma nem se fabrica, e pode gerar muito sofrimento quando é correspondido por um falso amor”, alerta.

A Comissão Episcopal do Laicado e Família assinala ainda que num tempo marcado pelo domínio da economia e da tecnologia, “o Amor é desvalorizado e, portanto, não admira que tenhamos um mundo cada vez mais violento, governado por pessoas violentas onde não se reconhece a compaixão pela pessoa humana”.

“Aos namorados de todas as idades fica o desafio de levar a sério o Amor como o grande dom que Deus a todos concedeu. Amor que faz alargar a morada interior e dá sentido a grandes opções. Amor que vence a solidão cresce, se for verdadeiro e fiel, e inspira aventuras grandes, confiantes e com esperança”, conclui a mensagem.

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