17 fev, 2025 - 12:09 • Aura Miguel , Daniela Espírito Santo , Henrique Cunha
O Papa Francisco terá uma "infeção polimicrobiana do trato respiratório", foi esta segunda-feira anunciado pela Santa Sé.
Em comunicado, é dito que os exames realizados até ao momento são "indicativos de um quadro clínico complexo".
Na missiva, é dito que a terapia realizada a Francisco foi modificada e que o Santo Padre irá continuar internado pelo tempo que for necessário.
O pneumologista e presidente do Conselho das Escolas Médicas explica à Renascença o que é que isto poderá indicar. Carlos Robalo Cordeiro lembra que Francisco, para além da idade avançada, já só tem um pulmão, "o que representa uma situação com alguma reserva".
“Estamos a falar de uma infeção, muito provavelmente com diversos gérmenes envolvidos, diversas bactérias, e não sei se eventualmente esta infeção terá começado com uma infeção viral, mas agora seguramente está com a pneumonia bacteriana, o que representa na realidade uma situação com alguma reserva em termos de prognóstico", começa por explicar.
As reservas acontecem, sobretudo, porque se trata de "uma pessoa que já apresenta problemas pulmonares" e que "tem mais de 85 anos", o que representa "um fator de risco enorme para as pneumonias hospitalares", que "são a principal causa de morte de uma população com mais idade, sobretudo acima dos 85 anos”, explica o especialista.
“Há que ter esperança, mas naturalmente, não serão boas notícias” aquelas que chegam do Vaticano, diz o especialista.
[Notícia atualizada às 15h02 com mais detalhes sobre o que poderá significar este prognóstico]