22 fev, 2025 - 13:39 • Ecclesia
O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, afirmou que a única coisa que importa é a “saúde do Santo Padre” e a “sua recuperação”, considerando as referências a uma possível renúncia “inúteis especulações”.
“Parecem-me todas inúteis especulações”, disse o cardeal Pietro Parolin em declarações ao jornal italiano ‘Corriere della Sera’, citadas pelo portal de notícias do Vaticano ‘Vatican News’, acrescentando que o pensamento está na saúde do Papa, “na sua recuperação, no seu retorno ao Vaticano”
“Essas são as únicas coisas que importam”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de estarem a ser divulgadas notícias falsas e “boatos” em torno da saúde do Papa, o cardeal Pietro Parolin afirma que não tem conhecimento da “existência de manobras desse tipo” e procura “estar distante delas”.
“Acho bastante normal que, nestas situações, se possam difundir boatos descontrolados ou que seja feito algum comentário inapropriado: certamente não é a primeira vez que isso acontece. Não creio, porém, que exista algum movimento em particular, e não ouvi nada parecido até agora”, afirmou.
O cardeal Pietro Parolin manifestou ao Papa a sua disponibilidade para estar com Francisco, no hospital Gemelli, mas “até agora não houve necessidade”.
“É melhor que ele permaneça protegido e receba o mínimo de visitas possível, para poder descansar e assim tornar mais eficazes as terapias a que está submetido. Graças a Deus, as notícias que chegam do Gemelli são animadoras”, acrescentou.
Vaticano diz que Francisco “passou bem a noite”. O(...)
O cardeal Víctor Manuel Fernández, prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, em entrevista ao jornal argentino ‘La Nación’, também citado pelo ‘Vatican News’, afirma que “não faz sentido que alguns grupos façam pressão por uma renúncia”.
O prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé lembra que “várias vezes nos últimos anos” já aconteceram pressões pela renúncia, que “só pode ser uma decisão completamente livre do Santo Padre para que seja válida”.
“Não vejo um clima pré-Conclave, não vejo falar de um possível sucessor mais do que se falou há um ano, ou seja, nada de especial”, acrescentou.
Para o cardeal Víctor Manuel Fernández, o importante é que “o organismo do Papa tenha reagido bem à terapia atual”.
O Papa foi internado a 14 de fevereiro, no Hospital Gemelli, de Roma, devido a problemas respiratórios; dia 18, foi diagnosticado com uma pneumonia bilateral, que exigiu novos tratamentos, num quadro clínico definido como “complexo”.
Esta sexta-feira, cirurgião Sergio Alfari, que coordena a equipa que trata o Papa no Hospital Gemelli, disse que Francisco não corre “perigo de vida”, no imediato, mas admitiu que a situação continua a ser grave.