27 fev, 2025 - 11:45 • Olímpia Mairos
“A esperança não é um sonho, porque Jesus ressuscitou”, garante o bispo do Funchal, D. Nuno Brás, na sua mensagem para a Quaresma.
O prelado admite, no entanto, que “a esperança é uma virtude difícil”, afirmando que é “mais difícil que a caridade (o amor inspirado por Deus), que nos leva a amar o próximo” e “mais difícil que a fé, essa atitude que nos leva a viver com Deus cada momento da nossa vida”.
“Olhamos para o nosso mundo, para os conflitos e para a instabilidade internacional, nacional e regional; e vemos à nossa volta o sofrimento e abandono de tantos, e sentimos as nossas dificuldades e derrotas… Somos levados a pensar e a viver como se não houvesse outra solução para a vida a não ser o "salve-se quem puder!". Somos levados à falta de esperança!”, constata D. Nuno Brás.
No entanto, o bispo do Funchal assegura que “a Páscoa de Jesus aí está, a garantir e a anunciar que a Vida Eterna venceu a morte; que o Bom Deus tem a última palavra sobre a história; que Jesus nos oferece o Seu Espírito de vida e amor”.
Na mensagem quaresmal, o responsável da Diocese do Funchal pede, por isso, aos fiéis que se preparem, “mais uma vez, para celebrar a Páscoa, para tomar consciência da sua atualidade e da sua importância para o mundo”.
“A certeza da ressurreição (de Jesus e nossa) diz-nos que a esperança não é um sonho, um otimismo vazio, mas que devemos caminhar para a Vida Eterna”, destaca.
A renúncia quaresmal da diocese, que será recolhida no Domingo de Ramos, será canalizada para uma paróquia na RD do Congo.
“Este ano, o missionário do Verbo Divino, padre Constantino Buapale, da paróquia de Katende, no Congo Kinshasa, com 18 mil habitantes, pediu-nos ajuda para conseguir um furo de captação de água potável e para equipar o Centro Hospitalar recentemente construído naquela localidade. É para ajudar nestas obras que iremos fazer a nossa Renúncia Quaresmal”, informa D. Nuno Brás.
O bispo do Funchal pede ainda aos fiéis que não se esqueçam de “rezar pelo nosso Papa Francisco, pedindo ao Senhor da Vida que o acompanhe neste momento de doença e sofrimento”.
D. Nuno Brás incentiva também os cristãos à oração, jejum e caridade, “que são as obras próprias da Quaresma”.
“Nem esqueçamos o sacramento da Confissão. São ‘exercícios’ que nos dispõem a sermos melhores filhos de Deus”, pede, completando que “a Páscoa exige que estejamos atentos aos sinais do Senhor que passa e quer caminhar connosco”.
“Neste ano da graça, que é o Jubileu de 2025, façamos Quaresma: caminhemos até à Páscoa. A ressurreição de Jesus dá-nos força e esperança!”, conclui.