04 mar, 2025 - 16:40 • Olímpia Mairos
O bispo da Diocese de Vila Real, D. António Augusto Azevedo, convida os diocesanos, neste ano jubilar, “ano especial de graça”, a fazerem “a experiência de verdadeiros ‘peregrinos de esperança’”.
“Durante estes 40 dias até ao tríduo pascal, caminhemos com os pés bem assentes na realidade complexa do presente, mas com o olhar colocado em Jesus e na sua cruz e as mãos prontas para trabalhar em gestos concretos de proximidade e partilha”, desafia o prelado.
D. António Augusto recorda que “a liturgia de cinzas lança-nos um forte convite: ‘Convertei-vos e acreditai no evangelho’”, sublinhando que “é importante que cada um tenha consciência da urgência deste apelo e se disponha a dar uma resposta decidida”.
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Na mensagem “Quaresma: Tempo para renovar a fé e caminhar na esperança”, o prelado lembra o lema deste triénio da diocese: “Caminhar juntos, renovar a esperança”, salientando que este tempo quaresmal “representa uma grande oportunidade na realização deste propósito”.
O responsável da Diocese de Vila Real sinaliza ainda que no caminho quaresmal deste ano “é necessária, sobretudo, uma séria conversão à esperança”.
“Num contexto de dúvidas e receios, não podemos ceder ao pessimismo ou resignarmo-nos ao desânimo ou fatalismo. Numa era de desconfiança em que a sociedade se aglutina mais facilmente em torno da indignação do que da esperança, urge redescobrir a novidade da esperança cristã”, aponta.
D. António Augusto Azevedo lembra aos cristãos que “Cristo é a fonte da nossa esperança” e que “a sua cruz é o grande sinal de uma esperança nova que se abre para toda a humanidade”.
“Iniciemos este caminho quaresmal reavivando o nosso sonho de um mundo mais livre e pacífico, acordando de alguma letargia e distração para a urgência de um compromisso sério na busca de um mundo mais justo e solidário”, pede.
Apontando o caminho da Quaresma como caminho de conversão, o bispo de Vila Real esclarece que esta “implica a tomada de consciência do pecado” e “leva-nos a assumirmos, como pessoas e como sociedade, todas as ações e palavras contrárias à vontade de Deus e danosas à nossa vida e à dos nossos irmãos, à vida da sociedade e do planeta”.
“Neste tempo redescubramos a beleza do Sacramento da Reconciliação, sacramento de perdão dos pecados, sacramento da cura e da paz interior”, pede.
O bispo de Vila Real esclarece também que “a oração é um exercício fundamental para todo o cristão e deve ser intensificada na quaresma”, convidando “a todos a reforçarmos as orações pela paz no mundo e pela saúde do Santo Padre”.
Como práticas que se revestem de grande significado para o fortalecimento da fé, D. António Augusto aponta ainda “a importância e atualidade dos exercícios quaresmais do jejum e da esmola”.
“Precisamos de jejuar de tudo o que faz mal à nossa saúde física e espiritual, do que nos distrai do essencial, do que perturba a vida pessoal, familiar ou eclesial”, indica.
Por fim, o prelado informa que as ofertas da renúncia quaresmal se destinam à Cáritas Diocesana, para apoio a projetos de auxílio a reclusos e a famílias mais carenciadas, algumas delas famílias imigrantes, apelando “à generosidade e ao sentido de partilha de todos”.