04 mar, 2025 - 10:52 • Olímpia Mairos
O administrador apostólico da Diocese da Guarda, D. Manuel Felício, aponta esta Quaresma como “especial, pelo facto de vir enriquecida pela graça do Jubileu”.
“Somos convidados pelo Papa Francisco a manter diante de nós, ao longo de toda ela, este apelo: caminhemos juntos na esperança”, assinala, explicando que “caminhar faz parte da nossa vida pessoal, como fez parte do antigo Israel e hoje faz parte da vida da Igreja”.
“Por isso, precisamos de treinar a capacidade e o próprio hábito de nos escutarmos uns aos outros, com amor e muita paciência”, sinaliza.
“No nosso exame de consciência, com regularidade, que queremos aperfeiçoar, ao longo desta Quaresma, é bom que nos perguntemos o que falta a nós, sacerdotes, diáconos, leigos e leigas, responsáveis por movimentos e serviços diocesanos para, em trabalho conjunto, fazermos crescer o Reino de Deus no meio de nós e no mundo, através desta Igreja diocesana, que queremos servir com verdadeiro amor e dedicação”, acrescenta.
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O prelado reforça que “a esperança não engana”, como lembra a Bula do Jubileu.
“E nós queremos experimentá-lo particularmente nesta Quaresma, voltando os olhos para a vitória de Cristo Ressuscitado sobre a morte e todos os outros constrangimentos que afetam a nossa vida e a sociedade em que vivemos”, escreve.
Lembrando que todos os anos é feito um apelo à generosidade que a fé nos inspira, o administrador apostólico informa que a renúncia quaresmal é destinada a duas causas: uma na diocese, outra em Moçambique.
“Este ano vamos fazer a nossa renúncia quaresmal, com duas finalidades: Uma delas é ajudar a Fazenda da Esperança, por graça de Deus sediada na Diocese da Guarda, concelho de Celorico da Beira, paróquia de Maçal do Chão, a construir uma padaria, com vista à sua sustentabilidade”, indica, acrescentando que a instituição “acolhe seis utentes” e aguarda a chegada de um novo sacerdote para integrar a equipa diretiva local.
A outra parte é destinada a “contribuir para a diminuição do sofrimento das populações do norte de Moçambique que, desde há anos a esta parte, continuam a ser expulsas das suas casas e das suas terras”, acrescenta D. Manuel Felício.
“Procuraremos fazer-lhes chegar a nossa ajuda, resultante da renúncia quaresmal, através da Caritas Nacional Portuguesa, em colaboração com a Caritas Moçambicana. Desta maneira, reforçamos o nosso caminhar juntos, de peregrinos da esperança, como nos recomenda o Jubileu”, conclui.