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Bispo de Bragança-Miranda: “Avancemos unidos na Esperança”

05 mar, 2025 - 11:35 • Olímpia Mairos

A renúncia quaresmal destina-se às obras da Casa Pastoral Diocesana, infraestrutura “absolutamente necessária” para que a Igreja na diocese “tenha um rosto sinodal missionário”, diz D. Nuno Almeida.

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O bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, na nota pastoral para a Quaresma pede que “avancemos unidos na esperança” e aponta o jejum, a oração e a esmola como instrumentos práticos de combate à indiferença.

Aludindo à mensagem do Papa para esta Quaresma, o prelado reforça que, “como cristãos, somos chamados a percorrer um caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários”.

“O Espírito Santo impele-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro de Deus e dos nossos irmãos, e nunca a fechar-nos em nós mesmos. Caminhar juntos significa ser tecelões de unidade, partindo da nossa dignidade comum de filhos de Deus”, explica.

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O prelado nota que “estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir” e aponta a prática do jejum, da oração e da esmola como caminhos quaresmais capazes de não “nos deixarmos cair na indiferença”.

“A oração volta o nosso olhar para Deus, para as coisas grandes e amplia a nossa respiração”, afirma D. Nuno Almeida, pedindo que “não subestimemos a força da oração de muitos”.

Na diocese, a iniciativa “24 horas para o Senhor” que terá lugar nos dias 28 e 29 de março, “pretende dar expressão a esta necessidade da oração”, indica.

Já o jejum – explica o prelado – “é uma experiência de privação voluntária de alimento ou de um tipo de alimentos; de dependências de todo o género, pequenas e grandes; dos consumos fáceis a que nos permitimos, etc.; adotando um estilo assumidamente frugal que ajude a devolver-nos liberdade”.

Por sua vez, a esmola deve levar a multiplicar gestos de caridade e de partilha.

“A esmola retira-nos do conforto autorreferencial. Torna objetivos a compaixão, a solidariedade e o cuidado que nos permitem passar da indiferença à responsabilidade pelos outros, sobretudo os mais vulneráveis, bem como pelas casa e causas comuns”, indica.

Na nota pastoral, D. Nuno Almeida sinaliza a necessidade de “uma Casa Pastoral Diocesana aberta a todos”, para que a Igreja na diocese tenha um rosto sinodal missionário.

“Precisamos de ter uma casa do presbitério, como casa de convívio e de formação permanente dos pastores em todas as fases da vida sacerdotal; um lugar de retiros ou exercícios espirituais, de recoleções e de formação permanente dos Leigos; o Instituto Diocesano de Estudos Pastorais com cursos de Bíblia, Teologia, Liturgia, Pastoral, Direito Canónico, Espiritualidade e outras dimensões da Cultura Cristã com uma biblioteca e um auditório, além dos quartos para o alojamento completo em articulação com a igreja de S. José, cozinha, bar e lavandaria do seminário. É também necessário um pequeno apartamento para residência do bispo da diocese”, esclarece.

D. Nuno Almeida diz que “as obras da primeira fase estão concluídas, mas esgotaram os recursos financeiros da diocese”.

“Porque precisamos urgentemente desta casa aberta a todos na hospitalidade e na espiritualidade, determinamos que a Renúncia Quaresmal deste ano de 2025, a entregar nas Eucaristias de Domingo de Ramos, se destine para o recomeço das obras da Casa Pastoral Diocesana (IBAN: PT50004522164025488590831)”, informa D. Nuno Almeida.

Por fim, o bispo de Bragança-Miranda pede que “continuemos a rezar pela saúde do Papa Francisco” e que “percorramos, frutuosamente, o itinerário quaresmal”.

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