06 mar, 2025 - 08:17 • Olímpia Mairos
Na mensagem em vídeo, dirigida aos fiéis do Porto, o bispo diocesano, D. Manuel Linda, afirma que “o repartir o pão, e o repartir os bens com quem tem menos do que nós torna-se uma exigência que a Igreja coloca à nossa responsabilidade”.
“A Quaresma deve ser vivida no domínio de nós mesmos e da nossa ânsia de possuir e de ter e de dominar, mas também na solidariedade para como os outros”, aponta o prelado.
Partindo do evangelho de S. Lucas, D. Manuel Linda evidencia a importância da ajuda fraterna, assinalando que esta faz parte da dimensão cristã em geral e assume um relevo especial neste tempo quaresmal.
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Neste contexto, D. Manuel Linda indica que 50% da renúncia quaresmal vai ficar “temporariamente na diocese para ir distribuindo”, ao longo deste ano, “pelas muitas solicitações que costumam chegar de todas as partes do mundo”.
“São situações quase sempre urgentes e que nós, de acordo com as possibilidades, procuramos também ajudar e colmatar”, assinala.
Os outros 50% vão ser canalizados para dois seminários de “dois países africanos que têm uma história muito em comum” com a Diocese do Porto.
“25% para o Seminário de Maputo, que sei que precisa muito de ajuda económica, pois situa-se num país pobre e numa Igreja pobre, e os outros 25% para um seminário que a Diocese de Viana, em Angola, está a construir: o Seminário Filosófico, que vai acolher alunos de cinco dioceses das proximidades”, concretiza.
O bispo do Porto realça ainda que os seminários “são absolutamente indispensáveis para a vida da Igreja”, lembrando que muitos “jovens africanos estão a pôr o problema vocacional e às vezes não podem ser aceites porque não há condições para sustentar”.
Por fim, D. Manuel Linda deseja que a Quaresma “seja um tempo jubilar, porque também nós sabemos criar esperança e a esperança também pode ser traduzida na nossa dádiva para que outros tenham mais”.