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Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos: “Para a mulher as conquistas nunca foram fáceis”

06 mar, 2025 - 14:30 • Olímpia Mairos

O movimento assegura que não se poupará a esforços para lutar por “um mundo em que cada mulher e cada rapariga possa exercer as suas liberdades e escolhas, conhecer e usufruir de todos os seus direitos, incluindo, o direito de viver livre de violência, o direito à educação”.

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O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) espera que o próximo Dia Internacional da Mulher, que se assinala no sábado, seja “um dia em que as mulheres se comprometam a lutar por um mundo novo, livre de violência doméstica, livre de guerras injustas, de exploração, de opressão e de discriminação entre os povos, por motivos de género ou qualquer outra índole”.

“Celebremos as extraordinárias conquistas das mulheres e comprometamo-nos de novo a lutar pela igualdade de género”, pede o movimento.

Segundo o MMTC, ao proporcionar a igualdade de oportunidades, o acesso a recursos e à ajuda de sistemas de apoio, “libertamos o potencial das mulheres de hoje e de amanhã, preparando o caminho para as gerações futuras”.

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“Defendamos todos os direitos e aspirações que garantam que nenhuma mulher seja deixada para trás, o que constituirá uma verdadeira celebração do Dia da Mulher”, insiste.

A mensagem, escrita por G. Augustin MangalaRaj, da Índia, detalha os progressos alcançados naquele país, mas constata que “para a mulher as conquistas nunca foram fáceis”.

“As mulheres continuam a enfrentar muitos desafios, como: A desigualdade salarial, o acesso limitado à educação e aos cuidados de saúde, a responsabilidade pelas tarefas domésticas, violações, assédio sexual no trabalho, etc”, enumera.

Na Índia rural, por exemplo, “apenas uma em cada 100 raparigas chega à universidade, principalmente devido a normas sociais que priorizam o seu papel de cuidadoras em detrimento da educação”, assinala G. Augustin MangalaRaj.

“Em muitas aldeias, as mulheres enfrentam uma discriminação significativa, que as confina aos papéis domésticos e as exclui das atividades públicas. Embora o casamento infantil seja ilegal, continua a ser uma prática generalizada devido ao analfabetismo e à falta de consciencialização”, acrescenta.

Segundo G. Augustin MangalaRaj, as mulheres rurais não dispõem frequentemente de instalações sanitárias básicas, “o que lhes causa problemas de saúde e são por vezes proibidas de utilizar as casas de banho públicas”.

“Muitas mulheres rurais são vítimas de violência doméstica, agravada por problemas de alcoolismo dos maridos. A prática do dote continua a sobrecarregar as mulheres rurais, que são frequentemente consideradas pelas suas famílias como um encargo financeiro”, denúncia.

O movimento observa que o Dia Internacional da Mulher tem sido uma oportunidade para mostrar ao mundo que nenhum desenvolvimento é possível, “enquanto milhões de raparigas e mulheres continuarem a sofrer todo o tipo de discriminação, a ver os seus direitos espezinhados e suportar todo o tipo de violência”.

Para o MMTC, homens e mulheres foram igualmente criados por Deus, têm o mesmo mandato para administrar a criação e gozam das mesmas prerrogativas e direitos.

Neste contexto, o MMTC assegura que não se poupará a esforços para lutar por “um mundo em que cada mulher e cada rapariga possa exercer as suas liberdades e escolhas, conhecer e usufruir de todos os seus direitos, incluindo, o direito de viver livre de violência, o direito à educação.

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