12 mar, 2025 - 22:54 • Aura Miguel
D. José Tolentino de Mendonça considera que, ao longo dos 12 anos de pontificado que se assinalam esta quinta-feira, o Papa Francisco foi “um incansável profeta de esperança”.
O cardeal português celebrou esta quarta-feira missa para a comunidade lusófona, no contexto dos 12 anos da eleição de Francisco. Marcaram presença nesta eucaristia o embaixador de Portugal, outros diplomatas de países de língua portuguesa, vários sacerdotes e fiéis da comunidade de Roma.
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“O alcance e autoridade da sua voz são reconhecidos dentro e fora da Igreja”, disse o prefeito do Dicastério para a Educação e Cultura. Francisco ”é um ponto de referência para nós, de sabedoria, de amor desinteressado e de coragem: é um artesão de uma visão cristã e fraterna do mundo, ao serviço do bem-comum de toda a humanidade”, sublinhou.
“O Papa Francisco é uma bússola para o nosso tempo", declarou.
“Somos mendigos do Céu”, escreveu o Papa na homili(...)
No final da homilia, D. Tolentino pediu orações pelo Santo Padre e citou Camões: “rezemos pela sua saúde e por nós próprios, para que a mensagem profética que o Papa Francisco nos transmite, possa ser acolhida por nós e gerar uma nova coreografia de esperança; porque, como disse Camões, onde esperança falta, lá me esconde amor um mal, que mata e não se vê ”.
Entretanto, desde domingo passado até à próxima sexta-feira, decorre no Vaticano o habitual retiro da Quaresma para a Cúria Romana. A data e o tema dos exercícios espirituais deste ano, “A esperança da vida eterna”, já tinham sido escolhidos e aprovados pelo Papa muito antes de ser internado.
As reflexões diárias são conduzidas pelo pregador da Casa Pontifícia, o padre capuchinho Roberto Pasolini. Decorrem na Aula Paulo VI e são acompanhadas, de manhã e à tarde, pelo Santo Padre, por vídeo, a partir do hospital.
A partir do Hospital Gemelli, o Papa agradece as o(...)
Numa destas meditações, o padre capuchinho fez votos para que o tema dos exercícios espirituais “seja mais um medicamento para o Santo Padre, nestes dias tão especiais de provação”.
Ao considerar a situação estável mas complexa de saúde que o obriga a permanecer internado no Hospital Gemelli, em Roma, Pasolini convidou todos a rezarem pelo Papa, mas acrescentou: “aquilo que o Santo Padre está a viver não é uma coisa má que há de terminar de um modo ou de outro; é um percurso belo. Se permanecer connosco, ainda por um bom bocado, veremos belas coisas; senão, irá ao encontro com o Senhor que ele amou e serviu neste mundo”.
“Não há nada de dramático a acontecer nestas horas. Em tudo isto, há muito de cristão, há muito de vida eterna. E nós devemos ter a capacidade de falar de assunto e de iluminar estes eventos com a luz da fé. E, sobretudo, não falar deles como se fosse uma tragédia, como se não conhecêssemos a esperança”, sublinhou o pregador.
Para esta quinta-feira não se preveem celebrações ou iniciativas oficiais no Vaticano para assinalar os 12 anos da eleição do Papa Francisco.