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Pastoral Juvenil. Pobreza condiciona futuro dos jovens e não pode ser ignorada

20 mar, 2025 - 12:20 • Ângela Roque

Organismo da Igreja Católica diz que estudo revelado esta semana pela Cáritas revela “realidade preocupante” no país, em particular para os jovens. E, com eleições à porta, desafia os políticos a empenharem-se mais na erradicação da pobreza.

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O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil saudou esta quinta-feira a Cáritas Portuguesa pela apresentação do mais recente estudo anual sobre a “Pobreza e a Exclusão social em Portugal”. Em comunicado enviado à Renascença, este organismo da Conferência Episcopal Portuguesa diz que os novos dados provam que o futuro dos jovens está em risco, e que isso não pode continuar a ser ignorado.

O estudo mostra que a pobreza é uma “realidade preocupante que afeta de forma transversal a sociedade”, mas fica claro que está a atingir de forma particular as gerações mais novas, “limitando o seu acesso a condições dignas de vida e de futuro".

Muitos jovens enfrentam dificuldades significativas no acesso a habitação digna, no ingresso no mercado de trabalho e na obtenção de condições justas para um futuro estável. A permanência prolongada dos jovens na casa dos pais, muitas vezes por ausência de alternativas viáveis, reflete um problema estrutural que exige respostas urgentes”, sublinha o comunicado.

Outro dado preocupante é o que demonstra que “a pobreza se transmite entre gerações, sendo a educação um fator determinante para quebrar esse ciclo”. E acrescenta que “a impossibilidade de muitas crianças e jovens terem um espaço adequado para estudar, bem como as dificuldades económicas que condicionam o percurso escolar, são desafios que exigem um compromisso de todos”.

O DNPJ diz que o país “não pode ficar indiferente à realidade apresentada”, mas deixa um desafio em particular aos políticos, para que se esforcem mais no combate à pobreza.

“Num tempo em que se avizinham várias eleições no nosso país (Legislativas, Autárquicas e Presidenciais), encorajamos os responsáveis políticos, a sociedade civil e as comunidades cristãs a intensificarem os esforços na erradicação da pobreza e da exclusão social, garantindo que os jovens tenham condições dignas para viver e sonhar”

Uma responsabilidade de que não se excluem. “Acreditamos que cuidar dos mais frágeis é um compromisso que define a nossa identidade cristã. Como Pastoral preocupada com os jovens, somos chamados a promover espaços de escuta, acolhimento e acompanhamento, desafiados a assumir um papel ativo na inclusão dos mais vulneráveis, promovendo gestos concretos de proximidade e cuidado, a incentivar o diálogo intergeracional e a contribuir para que os jovens tenham voz ativa na construção de soluções para o seu presente e futuro”, lê-se ainda no comunicado.

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