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Compromisso de Cooperação

CNIS lembra que comparticipação vai continuar aquém dos 50%

23 mar, 2025 - 09:40 • Henrique Cunha

Presidente da CNIS sublinha que, apesar do acordo alcançado, a comparticipação do Estado vai continuar abaixo dos desejados 50 por cento, e alerta para riscos associados à crise politica, manifestando o desejo de que não "haja interrupção" no caminho agora delineado.

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"Ainda há respostas sociais muito aquém dos 50 por cento". O presidente da CNIS, padre Lino Maia, admite que foi possível chegar a um bom acordo com o Estado, mas sublinha, em declarações à Renascença, que a luta pela paridade na comparticipação "vai ter de continuar".

Nestas declarações, Lino Maia demonstra alguma preocupação com a possibilidade de a crise política poder prejudicar o caminho delineado com vista a uma comparticipação de 50 por cento. Em recente entrevista à Renascença e à Agência Ecclesia, o responsável tinha estabelecido o objetivo de se chegar a 50% de comparticipação em três anos.

Na terça-feira, Governo assinou um acordo com o sector social que atualiza em cerca de 220 milhões de euros o financiamento da Segurança Social destinado aos lares, creches e outras instituições particulares de solidariedade social (IPSS) durante o ano de 2025.O presidente da CNIS diz tratar-se de um bom acordo, mas admite que não está ainda excluída a possibilidade de algumas valências poderem encerrar. “O risco existe, mas eu penso que está minorado, uma vez que a atualização teve em atenção o efetivo aumento de custos”, assinala.

O sacerdote sublinha que “ainda estamos bastante aquém em algumas respostas sociais, dos almejados 50 por cento” e assegura que a luta por esse resultado “tem de continuar”. “Não é um acordo ótimo, mas é um bom acordo, porque ainda há mais passos a dar, como por exemplo, no acolhimento de crianças e jovens”, reforça.

Ainda assim, o padre Lino Maia refere que, com o acordo agora assinado “houve de facto uma melhoria, uma aproximação significativa dos custos” das diversas respostas sociais.

O presidente da CNIS não deixa de manifestar alguma preocupação com a crise política que o país está a viver, ao mergulhar num novo processo eleitoral.

“Vamos ver se não haverá interrupção com atual crise”, alerta. “Eu penso que com o estudo que foi feito e que está contemplado no compromisso de Cooperação para 2025-2026, penso que não haverá hipóteses de recuo”, conclui.

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