30 mar, 2025 - 11:38 • Aura Miguel
A fragilidade do Papa ao serviço da paz
Aura Miguel
“A fragilidade e a doença são experiências que nos unem a todos”, escreveu o Papa, no Angelus deste domingo.
Como tem acontecido nas últimas semanas, desde que está doente, o Vaticano publica apenas o texto do angelus que Francisco deveria ler aos fiéis na Praça de São Pedro.
O Santo Padre, em convalescença e ainda sem receber visitas na Casa Santa Marta, recorda que a Quaresma e, especialmente o Jubileu, são um tempo de cura e acrescenta: “Eu também estou a viver isso, na alma e no corpo. Por isso, agradeço de coração a todos aqueles que, à imagem do Salvador, são instrumentos de cura para os outros com as suas palavras e com o seu conhecimento, com carinho e com oração.”
Nesta mensagem, o Papa pede orações pela paz na Ucrânia, na Palestina, em Israel, no Líbano, na República Democrática do Congo e no Mianmar que, além da guerra foi vítima do recente terremoto.
“Acompanho, com preocupação, a situação no Sudão do Sul. Renovo o meu sincero apelo a todos os líderes para que façam todos os esforços para reduzir a tensão no país”, acrescentou.
“É preciso deixar de lado nossas divergências e, com coragem e responsabilidade, sentar-se à mesa e iniciar um diálogo construtivo. Somente assim será possível aliviar o sofrimento do amado povo Sudão do Sul e construir um futuro de paz e estabilidade."
As preocupações do Santo Padre estendem-se também ao Sudão, onde a guerra continua a causar vítimas inocentes. “Exorto as partes em conflito a colocarem a proteção da vida dos seus irmãos civis em primeiro lugar e espero que novas negociações sejam iniciadas o mais breve possível, capazes de garantir uma solução duradoura para a crise”, apelou o pontífice.
Francisco pediu ainda à Comunidade internacional que aumente os seus esforços “para enfrentar essa terrível catástrofe humanitária”.