13 abr, 2025 - 11:00 • Ana Kotowicz
"Bom domingo de Ramos e boa Semana Santa." O Papa apareceu, uma vez mais, de surpresa na Praça de São Pedro. No final da missa de Ramos, celebrada por Leonardo Sandri, Francisco surgiu, como já tinha feito no domingo passado, para saudar os fiéis.
Nos últimos dias, Francisco tem feito algumas aparições surpresa: no sábado voltou a sair da Casa Santa Marta para ir ao centro de Roma rezar a Nossa Senhora na Basílica de Santa Maria Maior.
Desta vez, o Papa — que chegou de cadeira de rodas, como tem sido habitual, desde o seu longo internamento — dirigiu-se aos milhões de fiéis que enchiam a praça em frente à Basílica de São Pedro e desejou-lhes uma boa Páscoa, depois de cumprimentar o cardeal argentino, vice-decano do Colégio Cardinalício.
Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui
As palavras, ainda que curtas, emocionaram os fiéis e valeram uma longa salva de palmas ao Papa.
Em seguida, Francisco aproximou-se da multidão e cumprimentou pessoalmente alguns dos que estavam mais próximos de si.
Tal como tem acontecido nos últimos domingos, o Vaticano divulgou a reflexão escrita para o Angelus. No texto, Francisco convida a imitar a ação que Jesus Cristo teve nos seus momentos de sofrimento, recordando passagens do Evangelho segundo Lucas.
"São sentimentos que a liturgia nos convida a contemplar e a fazer como nossos. Todos temos dores, físicas ou morais, e a fé ajuda-nos a não nos entregarmos ao desespero, a não nos fecharmos na amargura, mas a enfrentá-las, sentindo-nos envolvidos, como Jesus, pelo abraço providencial e misericordioso do Pai."
O Papa, que agradeceu as orações dos fiéis, referiu-se também ao momento de fragilidade que tem atravessado. "Neste momento de fraqueza física, ajudam-me a sentir ainda mais a proximidade, a compaixão e a ternura de Deus."
Francisco pediu ainda que os que sofrem "especialmente aqueles afetados pela guerra, pela pobreza ou pelos desastres naturais" que confiem, como ele, no Senhor, deixando uma mensagem especial para as famílias e vítimas de um desabamento na República Dominicana, que fez mais de 200 mortos.
As situações no Sudão, no Líbano, na Ucrânia, na Palestina, em Israel, na República Democrática do Congo e em Myanmar foram todas recordadas por Francisco, que apelou, uma vez mais, ao fim da violência em todos esses cenários de guerra e conflitos armados.