15 abr, 2025 - 14:55 • Aura Miguel
O Vaticano publicou esta terça-feira um documento assinado pelo Papa, intitulado a “Il Ministero petrino”, destinado a atualizar o percurso formativo da famosa Pontifícia Academia Eclesiástica. Até agora, era nesta secular “escola de núncios” que, desde 1701, os diplomatas da Santa Sé se preparavam mas, com este documento, a Academia Pontifícia passa a “Instituto de elevada formação académica no campo das Ciências Diplomáticas”.
Um comunicado da Santa Sé explica que “tal decisão insere-se numa visão mais ampla de atualização e qualificação dos estudos eclesiásticos, segundo os parâmetros internacionais próprios da educação de nível superior”. Assim, este novo Instituto oferecerá um currículo de formação que abrange competências jurídicas, históricas, políticas, económicas e linguísticas, com um sólido alicerce científico.
O objetivo é proporcionar aos estudantes – jovens sacerdotes provenientes de várias dioceses do mundo – uma preparação completa e adequada para a missão diplomática que lhes é confiada pela Santa Sé.
O Vaticano acrescenta que o itinerário de formação delineado para os futuros Representantes Pontifícios “combina competências teóricas com um método de trabalho e um estilo de vida que sejam capazes de garantir uma compreensão profunda das complexas dinâmicas das relações internacionais”, sendo indispensáveis “qualidades pessoais como a proximidade, a escuta, o testemunho coerente, o diálogo e a predisposição fraterna, a conjugar com a humildade e a mansidão que devem caracterizar a vocação sacerdotal, a exemplo do Bom Pastor”, para que a ação diplomática da Santa Sé, seja “capaz de construir pontes, ultrapassar obstáculos e fomentar caminhos concretos de paz, liberdade religiosa e cooperação entre as nações”.