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Religião

D. Rui Valério: “O mundo precisa de sinais de esperança concreta”

17 abr, 2025 - 20:01 • Ana Catarina André

Na missa que evoca a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, o Patriarca de Lisboa disse que hoje são precisos "gestos que curam” e sublinhou que “há esperança não porque somos otimistas, mas porque Deus se deu a Si próprio”

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O Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, sublinhou esta Quinta-Feira Santa, na Missa da Ceia do Senhor, que “a Eucaristia não nos fecha no sagrado, mas envia-nos ao concreto, ao quotidiano, ao outro”. Tal como na missa crismal, que se realizou durante a manhã, o bispo voltou a enfatizar o papel da esperança, afirmando que esta está presente por excelência na Eucaristia, uma vez que antecipa a vitória de Cristo. “Esta esperança não é apenas consolo: é envio”, frisou, dizendo que “a esperança cristã não é uma ideia bonita, é uma vida entregue”.

Convidando os cristãos a ter a mesma atitude de Deus “que serve”, D. Rui Valério disse que “o mundo precisa de sinais de esperança concreta: mãos que lavam, corações que escutam, gestos que curam”. “Cristo é o Belo Pastor que se curva para lavar os pés”, disse na homilia que proferiu na Sé de Lisboa, sublinhando, neste dia em que a Igreja evoca a instituição da Eucaristia e do sacerdócio, que “somos confrontados com o escândalo de um Deus ajoelhado”.

“Quem comunga verdadeiramente o Corpo de Cristo, torna-se portador da Sua presença no mundo: na família, no trabalho, na comunidade”, afirmou.

O Patriarca de Lisboa disse, ainda, que de cada vez que se celebra a Eucaristia, “o céu toca a terra”, acrescentando que essa é também uma demonstração de que “o amor é mais forte”. “No altar, renova-se a certeza de que não estamos sós. De que Deus caminha connosco. De que há futuro, mesmo quando tudo parece perdido”, garantiu, referindo que “há esperança não porque somos otimistas, mas porque Deus se deu a Si próprio”.

Durante a homilia, D. Rui Valério convidou, ainda, os cristãos a serem “homens e mulheres da Eucaristia e da Esperança, celebrando com fé, vivendo com coerência, servindo com alegria”. “Que cada comunhão seja para nós como para os discípulos de Emaús: um ardor no coração, um abrir dos olhos, um levantar-se para o caminho”, rematou.

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