17 abr, 2025 - 12:52
O cardeal D. Américo Aguiar pediu aos padres, na missa crismal, que “não tenham medo de tocar as feridas”. “Ajoelhem-se diante do povo, como o Senhor se ajoelhou aos pés dos Seus discípulos. Somos enviados para estar, para caminhar ao lado, para ir à frente, para permanecer atrás; somos enviados para dar nome à Esperança onde muitos só conseguem ver obstáculos, vidas sem sentido, trevas e muros”, disse o bispo de Setúbal, sublinhando que a esperança está em Cristo Vivo.
Lembrando o momento da ordenação sacerdotal de cada padre, “em que, deitados no chão”, entregaram tudo, D. Américo Aguiar afirmou que ser de Cristo é “aceitar que a nossa vida não é nossa”. “É aceitar que tudo quanto temos e somos é para servir”, disse.
Na homilia, o cardeal referiu, ainda, que “a unção” recebida “não é para ficar guardada num frasco bonito”. E diz: “O Espírito unge-nos para nos enviar. E envia-nos não para os salões das certezas, mas para os becos das dúvidas, para as estradas sem saída, para os cruzamentos da vida real, os lugares onde o Evangelho ainda não chegou porventura. Somos a Igreja em saída, aquela a que o nosso muito querido Papa Francisco nos exorta, nos provoca e nos convida”.