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Via Sacra: Papa implora a paz e alerta para as “lógicas implacáveis da economia atual"

18 abr, 2025 - 13:19 • Aura Miguel

Os textos das 14 estações da Via Sacra, preparados pelo Santo Padre, tocam diversas realidades que afastam de Deus.

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Neste mundo em que tudo se calcula, a gratuidade tem um preço elevado, reconhece o Papa, ao iniciar as meditações para a Via Sacra desta noite.

Francisco reflete sobre as feridas da humanidade, sublinhando, no entanto, que “no dom gratuito, tudo volta a florescer: uma cidade dividida em facões e dilacerada por conflitos caminha em direção à reconciliação, uma religiosidade estéril re-descobre a fecundidade das promessas de Deus e até um coração de pedra pode transformar-se num coração de carne.”

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Os textos das 14 estações da Via Sacra, preparados pelo Santo Padre, tocam diversas realidades que afastam de Deus. Francisco deixa o convite a sair de próprios esquemas, a compreender "a economia de Deus, que não mata, não descarta, não esmaga” e o caminho de Jesus, “que não destrói, mas cultiva, repara e protege”.

Em contraste com “a economia divina”, Francisco considera “desumana a economia em que noventa e nove valem mais do que um” e lamenta que, “apesar disso, construímos um mundo de cálculos e algoritmos, de lógicas frias e interesses implacáveis”.

O Papa pede a Deus: “Livrai-nos do cansaço, Senhor”, sempre que “nos faltam as forças para nos dedicarmos aos outros, arranjamos desculpas para fugir à responsabilidade”, para os que “se sentem fracassados para contrastar uma economia que mata” ou “para os que estão nas fronteiras e sentem terminada a viagem”.

Sobre as divisões e a falta de paz, o Papa implora a Deus o dom da paz e unidade: “A vossa cruz derruba muros, perdoa dívidas, anula julgamentos, estabelece a reconciliação”, escreve. “Senhor Jesus, estais no vosso lugar entre aqueles que ainda têm esperança, entre aqueles que não se resignam a pensar que a injustiça é inevitável. Vós quebrais a cadeia do inevitável, quebrais os automatismos que destroem a casa comum e a fraternidade”. E, por fim: “Venha a vossa paz para a terra, o ar e as águas; para os justos e os injustos; para quem é invisível e não tem voz; para quem não possui poder nem dinheiro; para quem espera que brote um rebento de justiça. Venha a vossa paz”

A celebração da Via Sacra no Coliseu de Roma, habitualmente com a presença do Papa, desta vez, seria residida pelo cardeal Baldo Reina, vigário de Roma. A Renascença vai tarnsmitir em direto, partir das 20h (hora portuguesa).

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